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Maduro arma 4,5 milhões de milicianos contra pressão de Trump

Ditador venezuelano escalona tensão após EUA dobrarem recompensa e reforçarem presença militar no Caribe

Nicolás Maduro Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nicolás Maduro Foto: Ricardo Stuckert/PR

O regime chavista de Nicolás Maduro reagiu às crescentes pressões americanas anunciando a mobilização imediata de 4,5 milhões de milicianos armados em todo território venezuelano. A medida extrema surge após Washington dobrar a recompensa pela captura do ditador para 50 milhões de dólares e intensificar operações militares na região.

Durante pronunciamento televisionado nesta segunda-feira (18), Maduro prometeu expandir drasticamente sua milícia paramilitar para setores produtivos e rurais. “Seguirei avançando no plano de ativação das milícias camponesas e operárias, em todas as fábricas e centros de trabalho”, declarou o chavista, acrescentando: “Fuzis e mísseis para a força camponesa! Mísseis e fuzis para a classe operária!”

A Milícia Bolivariana, criada por Hugo Chávez como força paralela ao exército regular, possui cinco milhões de reservistas e integra oficialmente as Forças Armadas venezuelanas. Maduro pretende transformar cada fábrica e zona rural em células armadas contra o que chamou de “ameaças imperialistas”.

Trump endurece cerco ao narcorregime

A escalada militar venezuelana responde diretamente às ações da nova administração Trump, que classificou Maduro como um dos “maiores narcotraficantes mundiais” e duplicou sua recompensa de 25 para 50 milhões de dólares. O senador Bernie Moreno foi mais direto: “Não o vejo no cargo além do final deste ano”.

Simultaneamente, Estados Unidos deslocaram mais de 4 mil fuzileiros navais, submarino nuclear, destroieres e aeronaves para operações antidrogas no Caribe, sinalizando pressão militar crescente sobre o regime bolivariano.