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Lula volta a dizer que “não teria lugar no céu” ao receber título em Moçambique

Petista repete discurso de viver 120 anos e prefere “ficar na Terra” para lutar por suas causas

Lula durante discurso em Moçambique Foto: PR/Ricardo Stuckert
Lula durante discurso em Moçambique Foto: PR/Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre céu, vida após a morte e sua permanência na Terra, desta vez em Moçambique, nesta segunda-feira (24). Ao receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Pedagógica de Maputo, o petista afirmou:
– “Por isso eu disse para vocês que eu vou viver até 120 anos. Porque enquanto eu não ver (sic) o mundo justo, eu não vou parar de lutar. E eu acho que não teria lugar para mim no céu. E eu não sei ficar bonzinho quando se trata de cuidar do povo pobre, abandonado e deserdado no planeta”.

A fala surgiu após Lula culpar a fome mundial pela “falta de vergonha na cara de quem governa o mundo” e repetir retórica de que o pobre é tratado como invisível. Segundo ele, “nós não queremos tirar nada de ninguém”, mas apenas garantir oportunidades como “uma empregada doméstica ter sua filha na universidade, na mesma universidade da patroa”.

Em 2025, é a terceira vez que Lula explora o mesmo enredo sobre céu e longevidade. Em 4 de setembro, disse que não queria ir para o céu e que estava “dando sua vaga” a quem quisesse, repetindo o desejo de viver 120 anos para “ajudar a construir esse mundo”.

No dia 6 de junho, em Paris, durante o Fórum Econômico Brasil-França, já havia declarado que prefere “ficar aqui na Terra” e que pedia a Deus para viver muitos anos, porque teria “muita coisa para fazer”. As falas mostram a tentativa do petista de reforçar sua imagem de líder messiânico, autoproclamado indispensável para “salvar” o mundo.