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Lula acusa Israel de genocídio na ONU e defende criação do Estado palestino

Presidente criticou resposta militar israelense e disse que conflito representa fragilidade do multilateralismo

Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou suas críticas a Israel durante conferência na ONU, acusando o país de cometer genocídio em Gaza e defendendo a criação imediata do Estado palestino. As declarações ocorreram na Conferência Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão Palestina, em Nova York.

Lula reafirmou sua posição controversa ao caracterizar as ações israelenses como tentativa de “aniquilação do sonho de nação” palestino. O petista argumentou que a solução de dois Estados, com fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como capital palestina, seria o único caminho para a paz na região.

Críticas à resposta israelense

Embora tenha condenado os ataques do Hamas, o presidente brasileiro concentrou suas críticas na resposta militar de Israel. Segundo Lula, “nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de 50 mil crianças, destruir 90% dos lares palestinos e usar a fome como arma de guerra”.

O presidente também criticou o uso do veto no Conselho de Segurança da ONU, alegando que a prática impede soluções efetivas para o conflito. Para ele, a situação simboliza a fragilidade do sistema multilateral internacional.

Apoio internacional crescente

Durante o evento, Emmanuel Macron anunciou o reconhecimento francês do Estado palestino, somando-se a países como Reino Unido, Austrália, Canadá e Portugal. Lula celebrou a decisão e argumentou que a maioria dos membros da ONU já apoia essa posição.

O brasileiro propôs ainda a criação de um órgão similar ao Comitê Especial contra o Apartheid, que atuou no fim da segregação sul-africana. Segundo sua visão, garantir a autodeterminação palestina seria “um ato de justiça” fundamental para fortalecer a cooperação internacional.