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Justiça obriga retorno de 70% dos motoristas e Lívio expõe que Consórcio recebeu R$ 2 milhões da Prefeitura

Vereador diz que repasses municipais estão quitados e que atraso é do Governo do Estado, enquanto população enfrenta greve

Foto: Henrique Arakaki, Midiamax
Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

O transporte coletivo de Campo Grande voltou ao centro da crise nesta segunda-feira (15), quando o Consórcio Guaicurus paralisou totalmente as atividades alegando falta de recursos. Contudo, segundo o vereador Lívio Leite, que presidiu a CPI do Transporte, a Prefeitura realizou repasses regulares e quitou quase R$ 2 milhões somente na última semana, restando cerca de R$ 50 mil pendentes – valor considerado irrisório frente ao total transferido. Lívio afirmou ter confirmado a informação com o secretário de Governo, Ulysses Rocha, reforçando que o Município cumpriu integralmente suas obrigações.

A paralisação ocorre mesmo após a empresa pagar apenas 50% dos salários atrasados na sexta-feira (12). O Consórcio alega que suas linhas de crédito estão esgotadas, impossibilitando novos aportes para quitar salários, vales e 13º. Lívio questionou a instabilidade constante e disse que “a população está à mercê dessa greve”. O vereador ainda destacou que o Governo do Estado deve R$ 6 milhões, previstos para serem repassados apenas em janeiro, o que pressiona o sistema e compromete o fluxo financeiro da concessionária, apesar dos repasses municipais estarem em dia.

No domingo (14), o TRT da 24ª Região determinou que o sindicato mantenha 70% dos motoristas em atividade, impondo multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. A decisão busca garantir o mínimo funcionamento do transporte público enquanto as partes tentam avançar em uma solução.