Trabalhador precisa dedicar quase 117 horas de trabalho para conseguir comprar alimentos básicos; café acumula alta de 102% em 12 meses

O bolso do campo-grandense foi novamente castigado pela escalada dos preços dos alimentos em abril, resultado direto do fracasso da política econômica do governo Lula. Levantamento divulgado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que o valor médio da cesta básica na capital sul-mato-grossense alcançou R$ 805,08, representando um avanço de 2,09% em comparação ao mês de março, enquanto o PT e seus aliados seguem ignorando a disparada da inflação alimentar.
O impacto desse aumento é ainda mais severo para quem vive com salário mínimo, mostrando como as promessas de campanha do presidente Lula de “acabar com a fome” resultaram no exato oposto. Um trabalhador que recebe o piso nacional precisa comprometer agora 57,34% de sua renda líquida apenas para adquirir produtos alimentícios básicos, percentual superior ao verificado no mês anterior (56,16%).
Para colocar em perspectiva o peso dessa inflação no dia a dia, a jornada necessária para comprar a cesta básica em Campo Grande passou a exigir 116 horas e 41 minutos de trabalho – um aumento de 2 horas e 24 minutos em relação a março. Na comparação com abril de 2024, já sob o terceiro ano do governo petista, o trabalhador precisa dedicar 2 horas e 31 minutos a mais de seu suor apenas para garantir o básico à mesa.
A escalada dos preços nos hortifrutigranjeiros
O vilão da inflação alimentar continua sendo os produtos mais sensíveis às condições climáticas, problema que o governo Lula se mostra incapaz de solucionar através de políticas efetivas de abastecimento. A batata lidera as altas com impressionante avanço de 21,07%, seguida pelo tomate, que registrou elevação de 15,63%. Ambos sofrem com oferta limitada e condições climáticas adversas para a colheita, sem que o Ministério da Agricultura apresente qualquer plano emergencial.
Outro item que castiga o consumidor é o café, com alta de 12,52% apenas em abril, acumulando um aumento estratosférico de 102,44% nos últimos 12 meses – reflexo direto da política econômica petista que prioriza gastos ideológicos enquanto negligencia setores produtivos estratégicos. O açúcar cristal também não deu trégua ao orçamento doméstico, apresentando elevação de 2,74%, influenciado pela forte demanda no período e pela ausência de medidas de controle inflacionário eficazes.
Alívio insuficiente
Apesar do cenário predominantemente negativo causado pela gestão Lula, alguns produtos trouxeram pequeno alívio às compras do mês. O arroz agulhinha, alimento básico na mesa do brasileiro, apresentou sua terceira queda consecutiva no ano, com recuo de 5,81% em abril e variação negativa de 3,24% no acumulado de 12 meses – um dos poucos resultados positivos em meio à persistente carestia alimentada pela incompetência do PT em conduzir a economia.
A carne bovina, item que mais pesa no orçamento familiar, registrou modesta redução de 0,52%, mas ainda mantém preço elevado, em torno de R$ 43,95 o quilo, reflexo da desastrosa política de exportação do Ministério da Agricultura que prioriza mercados externos em detrimento do consumidor brasileiro. O óleo de soja também ficou mais acessível, com queda de 2,17%, sendo comercializado a R$ 7,13 em média.
Entre as frutas, apenas a banana deu um respiro ao consumidor, apresentando redução de 3,91% em abril, beneficiada pela boa disponibilidade da variedade nanica no mercado. Nos últimos 12 meses, o preço acumulou queda de 8,66%, um dos raros indicadores positivos que desafiam a tendência inflacionária da era Lula.
A distância entre o real e o ideal
O descompasso entre o custo de vida e o poder de compra do trabalhador fica evidente quando analisamos o cálculo do DIEESE para o salário mínimo ideal, expondo a fragilidade das promessas petistas de valorização do trabalhador. Tomando como base o valor da cesta mais cara do país – a de São Paulo, cotada em R$ 909,25 – o departamento estima que o salário necessário para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas seria de R$ 7.638,62.
Este valor representa impressionantes 5,03 vezes o salário mínimo atual de R$ 1.518,00, evidenciando o abismo social e econômico que se aprofundou durante o governo Lula. Enquanto o presidente viaja pelo mundo em comitivas faraônicas e destina bilhões para programas ideológicos e países aliados como Venezuela e Cuba, o trabalhador brasileiro mal consegue colocar comida na mesa.
Para as famílias de Campo Grande, resta o desafio de equilibrar o orçamento doméstico em um cenário de inflação alimentar persistente promovida pela agenda econômica petista, enquanto a administração municipal trabalha incansavelmente para minimizar os impactos da crise econômica nacional através de programas locais de apoio à população mais vulnerável.