Expectativa de alta inflação continua, exigindo manutenção da taxa Selic elevada

O mercado financeiro revisou para cima sua previsão de inflação para 2025, projetando uma taxa de 5%, que supera novamente o teto da meta de 4,5%. Esse resultado marca o terceiro ano consecutivo em que a inflação não cumpre o objetivo estabelecido pelo Banco Central. Para conter essa alta, a taxa de juros deve seguir em níveis elevados, podendo alcançar até 15%, de acordo com as projeções mais recentes.
O Comitê de Política Monetária (Copom) terá sua primeira reunião com o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no final de janeiro. A expectativa é que o Copom mantenha a pressão sobre os juros, reforçando o compromisso do governo em controlar a inflação. Em uma carta recente, Galípolo explicou que ajustes adicionais poderão ocorrer, dependendo do cenário inflacionário.
Embora o mercado projete uma redução gradual na inflação e nos juros a partir de 2026, o crescimento econômico seguirá moderado, com o PIB estimado para crescer apenas 2,02% em 2025. A cotação do dólar também deve permanecer em torno de R$ 6 até 2026, com pequenas oscilações nos anos seguintes.