Jornalista critica incoerência do governo petista e lembra que o presidente recusou embarcação da Marinha para usar iate privado em Belém

A COP30, conferência climática organizada pelo governo federal em Belém (PA), começou antes mesmo de seu início formal cercada de controvérsias. O motivo: a hospedagem luxuosa escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Janja, em um iate de alto padrão, o Iana III, ancorado na capital paraense. O episódio virou símbolo do contraste entre o discurso de sustentabilidade defendido pelo governo e o estilo de vida ostentado pela cúpula petista.
Durante o programa Pleno Time, a jornalista Fernanda Fernandes criticou a contradição do presidente, lembrando que Lula havia prometido que a COP “não seria a conferência do luxo”. “A credibilidade do governo já não existe há muito tempo. Tudo que o Lula fala não condiz com o que ele faz. Ele propaga algo que não consegue viver”, declarou.
Ela também destacou as conexões questionáveis do governo com empresários e interesses privados. “A gente vê que as associações do Lula, da Janja, do atual governo, sempre são um pouco cabulosas, né? Sempre tem algo muito misterioso ali no meio”, apontou a comentarista, destacando que o iate privado tem histórico de contratos públicos com o governo do Amazonas e foi citado em denúncias eleitorais.
Um ponto levantado durante o programa foi o fato de o presidente ter recusado uma embarcação oficial da Marinha, alegando motivos de segurança, para hospedar-se em um iate de empresário, opção que, segundo críticos, foi motivada por conforto e não por necessidade. “Taxem os empresários, persigam os empresários. Os empresários são o problema do nosso país. Mas na hora de se hospedar, escolhem o luxo dos empresários”, ironizou Fernanda.
A jornalista também mencionou as imagens que circularam nas redes sociais mostrando a primeira-dama dançando e comemorando durante o evento, o que ela classificou como simbólico da desconexão do governo com a realidade do país. “A gente fica na dúvida se sente vergonha ou nojo diante daquela atitude. É o luxo no socialismo mais uma vez.”
Por fim, Fernanda destacou o caráter político da COP30, apontando que o governo tenta usar o evento ambiental como ferramenta de marketing. “A grande verdade é que a COP30 é uma estratégia para sustentar uma imagem de governo que defende a Amazônia e a sustentabilidade, quando na realidade o Brasil está literalmente pegando fogo, indo por água abaixo”, concluiu.





