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Hugo Motta avalia adiar decisão sobre anistia para plebiscito nas eleições de 2026

Presidente da Câmara apoia estratégia que prolonga indefinição sobre destino dos manifestantes

Lula e Hugo Motta sorrindo Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados
Lula e Hugo Motta sorrindo Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorizou seu aliado de confiança, Ricardo Ayres (Republicanos-TO), a iniciar a articulação para coletar assinaturas visando um requerimento de urgência com objetivo claro: postergar a deliberação sobre a anistia aos detidos nos eventos de 8 de janeiro.

A estratégia em curso consiste na aprovação de um plebiscito a ser realizado simultaneamente às eleições de 2026, atendendo aos interesses dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa manobra resultaria em mais 18 meses de encarceramento para os manifestantes envolvidos nos protestos ocorridos na capital federal. Além disso, transferiria a responsabilidade da decisão para o povo brasileiro, conforme revelou Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo.

Caso o plebiscito seja aprovado, os eleitores responderão à seguinte pergunta nas urnas eletrônicas: “Você é a favor da anistia dos réus dos atos ocorridos na sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023?”

Se a população manifestar-se favoravelmente ao perdão, a Câmara procederá com a votação da anistia. Porém, se o resultado for contrário, todas as propostas relacionadas serão arquivadas e os processos continuarão conforme os procedimentos estabelecidos pelo STF.