Deputado federal deixou a Praça dos Três Poderes na madrugada deste sábado após ordem do ministro do STF
O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) abandonou na madrugada deste sábado (26) o acampamento que havia estabelecido na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A saída do parlamentar ocorreu após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na tarde de sexta-feira, Lopes havia instalado uma barraca na praça e declarado que permaneceria em greve de silêncio como forma de manifestação contra as decisões do STF. A iniciativa do deputado fluminense representava um protesto simbólico contra as medidas adotadas pela Corte.
O movimento ganhou adesão de outros parlamentares alinhados, incluindo o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que se juntou ao protesto na praça. A concentração despertou a atenção das forças de segurança, que cercaram o perímetro da praça com grades e reforçaram a vigilância com efetivo da Força Nacional, Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e equipes do DF Legal.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, deslocou-se até o local para notificar os manifestantes sobre a necessidade de desocupação. Segundo o chefe do Executivo distrital, ele havia sido intimado por Moraes a cumprir uma ordem de remoção dos acampados.
A situação evidencia mais um capítulo da tensão entre o Poder Legislativo e o Judiciário, com parlamentares questionando decisões do STF através de manifestações públicas. O episódio também demonstra a rapidez com que o ministro Alexandre de Moraes atua para coibir protestos que considera inadequados no entorno dos Três Poderes.
A greve de silêncio de Lopes, embora breve, chamou atenção para o debate sobre os limites da atuação judicial e o direito de manifestação pacífica. O parlamentar, conhecido por suas posições conservadoras, utilizou o protesto como forma de expressar discordância com rumos adotados pelo STF em questões políticas.
O desfecho rápido do acampamento ilustra o controle rigoroso exercido sobre manifestações no centro do poder em Brasília, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023, que intensificaram as medidas de segurança na região.
