Ministro da Fazenda defende medida para evitar evasão fiscal de R$ 800 bilhões

Nesta terça-feira, 8 de julho de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que irá apresentar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, evidências da necessidade de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em entrevista a jornalistas no edifício-sede do Ministério da Fazenda, em Brasília (DF), Haddad afirmou que sua equipe está reunindo “todos os documentos técnicos” para embasar a proposta, que, segundo ele, visa combater práticas de evasão fiscal que prejudicam a economia nacional.
Argumentos para justificar o aumento
Durante a fala, Haddad destacou que o objetivo da medida é coibir planejamento tributário, elisão e evasão fiscal, problemas que, segundo ele, atingiram “patamares absurdos”. O ministro apontou que cerca de R$ 800 bilhões estariam beneficiando grupos econômicos específicos em detrimento de outros empresários e da própria economia brasileira. “Vamos comprovar para o ministro Alexandre que nós estamos evitando planejamento tributário, elisão fiscal, evasão fiscal, que nós atingimos patamares absurdos. São R$ 800 bilhões que estão favorecendo determinados grupos econômicos em detrimento do empresariado nacional”, declarou.
Impactos negativos na economia
O ministro também alertou que a situação compromete as metas fiscais do país, mantém a taxa de juros elevada e causa prejuízos generalizados. Ele questionou a lógica de beneficiar poucos em detrimento de muitos, afirmando: “Qual o sentido de favorecer uns empresários e prejudicar todos? Não faz sentido nenhum”. Para Haddad, o aumento do IOF seria uma ferramenta essencial para corrigir distorções e promover maior equilíbrio econômico, embora não tenha detalhado como a medida será implementada.
Críticas à política econômica do governo Lula
A proposta de Haddad, no entanto, reforça a visão crítica de muitos setores da direita sobre a gestão econômica do governo Lula. O aumento de impostos, como o IOF, é frequentemente interpretado como uma tentativa de cobrir falhas na administração fiscal, penalizando ainda mais a população e o setor produtivo. Em vez de atacar a raiz dos problemas, como a má gestão de recursos públicos e a ineficiência do Estado, o governo petista parece optar por soluções que sobrecarregam os contribuintes, ignorando a necessidade de reformas estruturais que incentivem o crescimento e a competitividade.
Contexto político e judicial
A necessidade de convencer Alexandre de Moraes sobre a medida reflete a crescente judicialização de decisões econômicas no Brasil, um cenário que muitos conservadores veem como preocupante. A dependência de aval do STF para políticas fiscais demonstra a fragilidade do Executivo sob a liderança do PT, que parece incapaz de avançar sem enfrentar barreiras impostas por outros poderes, muitas vezes alinhados a agendas ideológicas contrárias aos interesses da maioria da população.
Perspectivas e desdobramentos
A apresentação dos documentos técnicos ao STF será um teste para a credibilidade da argumentação de Haddad. Caso a medida seja aprovada, o aumento do IOF pode gerar reações negativas de setores empresariais e da sociedade, que já enfrentam uma carga tributária elevada. Por outro lado, se rejeitada, o governo Lula pode sofrer mais um revés em sua tentativa de equilibrar as contas públicas. O desfecho dessa questão será crucial para entender até que ponto o Executivo conseguirá impor sua visão econômica em um ambiente de crescente resistência.