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Governo Lula fracassa no controle da inflação: março registra o pior resultado em 22 anos

Preço dos alimentos dispara e castiga o orçamento das famílias brasileiras, revelando fragilidade da política econômica petista

Foto: Freepik
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A inflação oficial medida pelo IPCA atingiu 0,56% em março, representando o pior resultado para o mês desde 2003, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11). O índice superou as previsões do mercado financeiro (0,54%) e acende um sinal vermelho no cenário econômico nacional, evidenciando o fracasso da equipe econômica do governo Lula em controlar a escalada de preços que corrói o poder de compra dos brasileiros.

Apesar de aparentemente menor que o salto de 1,31% registrado em fevereiro, o acumulado em 12 meses saltou de 5,06% para preocupantes 5,48%, distanciando-se ainda mais da meta estabelecida e confirmando que a inflação segue completamente fora de controle sob a gestão petista. O IBGE chegou a divulgar erroneamente que o índice seria o maior desde 2003, mas a correção posterior não altera o fato alarmante: estamos diante da inflação mais agressiva dos últimos 22 anos para o mês de março.

O principal vilão da vez foi o setor de Alimentação e Bebidas, com alta expressiva de 1,17%, responsável sozinho por quase metade do índice mensal (0,25 p.p.). Os brasileiros viram disparar os preços de itens básicos como tomate (+22,55%), ovos (+13,13%) e café moído, que juntos representaram um quarto da inflação do mês. Enquanto o governo federal se ocupa com pautas ideológicas e projetos de controle da mídia, são justamente os produtos essenciais que mais castigam o orçamento das famílias.

A escalada no preço do tomate reflete a antecipação de colheitas provocada pelo calor extremo, reduzindo drasticamente a oferta. Os ovos encareceram devido ao aumento do milho (base da alimentação das aves) e à maior demanda no período da Quaresma. Já o café continua sofrendo com problemas climáticos no Brasil e quebra de safra no Vietnã, sem que o governo apresente qualquer plano efetivo para mitigar esses impactos.

No setor de Transportes, o aumento de 0,46% foi impulsionado especialmente pelas passagens aéreas, que saltaram 6,91%, revertendo a queda de fevereiro e registrando o terceiro maior impacto individual no mês. A gasolina, embora tenha desacelerado para 0,51% de alta, continua pressionando o bolso do brasileiro, resultado direto da política de preços que o governo tanto criticou durante a campanha, mas que se mostra incapaz de reformular.

As Despesas pessoais escalaram 0,70%, com destaque para o entretenimento – cinema, teatro e shows subiram impressionantes 7,76%. O item Habitação, que havia disparado 4,44% em fevereiro, avançou 0,24% em março, com a energia elétrica praticamente estável (+0,12%).

Na análise regional, Curitiba e Porto Alegre lideraram o ranking inflacionário (0,76%), enquanto Rio Branco e Brasília registraram as menores taxas (0,27%), beneficiadas por quedas pontuais no transporte urbano e aéreo.

Para completar o cenário preocupante, o INPC – indicador que reflete a inflação sentida pelas famílias com menor renda – avançou 0,51% em março, acumulando alta de 5,20% em 12 meses, demonstrando como a política econômica do atual governo penaliza justamente os brasileiros mais vulneráveis, que o PT alega defender.