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Governo Lula estuda pacote que pode elevar impostos sob o pretexto de “aumento de receitas”

Equipe de Haddad e Rui Costa tenta recompor a perda da MP do IOF e prepara nova rodada de medidas que podem pesar no bolso do contribuinte

Fernando Haddad Foto: Diogo Zacarias/MF
Fernando Haddad Foto: Diogo Zacarias/MF

O governo Lula (PT) estuda um novo pacote fiscal que mistura revisão de despesas públicas com o chamado “aumento de receitas” — expressão usada pelo Planalto toda vez que pretende criar ou elevar impostos. A iniciativa surge após a caducidade da Medida Provisória 1.303, que previa arrecadar R$ 20,9 bilhões com alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e outras medidas compensatórias para o Orçamento de 2026.

Segundo apuração, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) se reuniram nesta terça-feira (21) para definir o novo texto. Embora o discurso oficial mencione cortes de gastos, o foco real está em novas fontes de arrecadação — ou seja, mais impostos para a população e para o setor produtivo.

O líder do governo, Randolfe Rodrigues (PT-AP), admitiu que o Planalto vai insistir na tributação de apostas, bancos e fintechs, além de revisar regras de compensações tributárias e até retomar parte do aumento do IOF, criticado até dentro da própria equipe econômica. Entre os pontos analisados estão:

– restrições ao seguro-defeso;

– limitação das compensações tributárias, com impacto estimado de R$ 10 bilhões por ano;

– recriação parcial da alta do IOF;

– aumento da CSLL para fintechs, de 9% para até 20%;

– e taxação de “bets” e casas de apostas.

Na prática, o governo tenta tapar buracos orçamentários gerados por sua própria gestão expansionista e sem cortes efetivos, recorrendo novamente à velha fórmula da esquerda: recolher mais do cidadão para sustentar uma máquina inchada e ineficiente. Haddad tenta vender a ideia de um “equilíbrio fiscal progressista”, mas, no fim das contas, a conta recairá sobre o contribuinte — inclusive com a alta potencial do IOF, que encarece desde financiamentos até empréstimos e compras no cartão de crédito.

Enquanto o país clama por reformas estruturais, enxugamento do Estado e simplificação tributária, o governo petista insiste em criar mais impostos e ampliar gastos, empurrando o Brasil para um ciclo de estagnação e desconfiança no setor produtivo.