Decisão controversa prevê utilização de dinheiro jogado em fontes como receita pública
O Governo Federal, por meio da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), determinou que as moedas lançadas por populares em espelhos d’água e fontes ornamentais de órgãos públicos sejam recolhidas e destinadas ao caixa da União. A medida, anunciada nesta terça-feira (19), busca aumentar a arrecadação federal, utilizando recursos simbólicos depositados por cidadãos em locais turísticos e prédios públicos.
A decisão foi justificada como uma forma de “racionalizar o uso de bens públicos” e evitar o desperdício de recursos financeiros. No entanto, críticos apontam que a medida revela a ânsia do governo Lula em buscar receitas até em práticas culturais inofensivas, reforçando a visão de uma gestão excessivamente arrecadatória. O gesto de jogar moedas em fontes é amplamente associado a tradições e superstições, gerando insatisfação entre aqueles que enxergam a ação como mais um passo na interferência do Estado em aspectos triviais da vida cotidiana.
A arrecadação com as moedas, embora considerada pequena, representa mais uma tentativa de extrair valores simbólicos em meio ao aumento de impostos e cortes em políticas de austeridade. Para opositores do governo, a iniciativa é um reflexo da dificuldade em equilibrar as contas públicas sem recorrer a medidas impopulares.