Iniciativa pioneira visa otimizar o trabalho dos professores e modernizar o sistema educacional paulista

O governo do estado de São Paulo dá um passo inovador na modernização do sistema educacional ao anunciar a implementação de inteligência artificial para auxílio na correção de atividades escolares. A iniciativa pioneira, revelada nesta segunda-feira (19) pelo secretário de Estado da Educação, Renato Feder, promete otimizar o tempo dos educadores e dinamizar o processo de avaliação do desempenho dos estudantes.
O projeto-piloto será conduzido através da plataforma TarefaSP, abrangendo inicialmente turmas do 8º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio. Na fase inicial, aproximadamente 5% dos exercícios disponíveis na plataforma serão processados pelo sistema de IA, que atuará tanto na avaliação de questões de múltipla escolha quanto em questões objetivas.
“Na redação é sempre revisado. O professor vê o que a inteligência artificial disse sobre a redação do aluno e depois dá a devolutiva. Já na lição de casa, não. Ela vai direto”, explicou o secretário Feder, destacando o papel complementar e não substitutivo da tecnologia no processo educacional.
Um dos aspectos mais relevantes da iniciativa é que a implementação da ferramenta tecnológica não deve interferir negativamente na avaliação dos alunos. Pelo contrário, a expectativa é que o sistema favoreça um acompanhamento mais detalhado do desenvolvimento estudantil, sem comprometer a qualidade do processo avaliativo.
“Com o assistente de correção por IA, conseguimos ampliar o número de questões dissertativas na TarefaSP sem onerar os professores com as correções. A inteligência artificial, ao corrigir as tarefas, melhora o engajamento dos estudantes, aumenta o esforço deles, e prioriza o tempo dos professores na parte mais importante, que é para ensinar e não somente corrigir as tarefas”, ressaltou Feder.
A medida representa um significativo avanço na gestão educacional paulista, demonstrando como a incorporação estratégica de novas tecnologias pode contribuir para a otimização dos recursos humanos no setor. Ao automatizar tarefas mecânicas como a correção básica de exercícios, o governo estadual permite que os professores concentrem seus esforços nas atividades pedagógicas de maior impacto, como o planejamento de aulas e o atendimento personalizado aos estudantes.
Esta iniciativa se alinha às tendências globais de modernização educacional e exemplifica como gestões eficientes podem utilizar a tecnologia para melhorar serviços públicos essenciais sem onerar o contribuinte. O modelo, se bem-sucedido, poderá estabelecer um novo paradigma para sistemas educacionais em todo o país.