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Flávio Bolsonaro confronta cúpula do Congresso sobre anistia ampla em ato no Rio

Senador critica Alexandre de Moraes e pressiona Motta e Alcolumbre por pacificação nacional

Flávio Bolsonaro em ato no Rio Foto: Reprodução/YouTube Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro em ato no Rio Foto: Reprodução/YouTube Flávio Bolsonaro

Em manifestação contundente durante o ato “Reaja, Brasil” realizado em Copacabana neste domingo (7), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) dirigiu recados diretos aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defendendo anistia ampla que contemple seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O parlamentar foi categórico ao afirmar que “não existe meia anistia” e que a oposição “não vai admitir” qualquer proposta que exclua Bolsonaro do benefício. “Anistia não é sobre pessoas, é sobre fatos. Não dá para anistiar a Débora do Batom sem anistiar Bolsonaro”, declarou, referindo-se à manifestante condenada pelos atos de 8 de janeiro.

Pressão sobre lideranças do Congresso

Flávio direcionou suas críticas especificamente às lideranças legislativas, argumentando que não haveria possibilidade de “anistia criminal sem a eleitoral”. O senador pressionou os presidentes das Casas para que não se curvem às pressões do Supremo Tribunal Federal.

“Não deixem que o nosso Legislativo seja mais uma vez pisado e humilhado por Moraes”, afirmou, em clara referência ao ministro Alexandre de Moraes. “Não cedam à pressão covarde de Moraes, porque vocês têm que entrar para a história como aqueles que pacificaram o País, que ouviram a voz das ruas e como aqueles que respeitam a Constituição e não são capachos de ministro nenhum do Supremo Tribunal Federal”, completou.

Críticas diretas ao STF

O parlamentar detalhou a proposta de anistia que a oposição pretende apresentar ao Congresso, defendendo benefício para “todos os perseguidos, para que não sofram nenhuma sanção penal, civil, administrativa e eleitoral desde o início do inquérito das fake news”. As declarações ocorrem justamente durante semana decisiva do julgamento de Bolsonaro no STF.

Em ataque pessoal ao ministro Moraes, Flávio sugeriu que o magistrado possui “traços de psicopatia”, justificando: “Pessoa que não liga para a própria família não pode ser normal”. O senador finalizou com previsão sobre isolamento do ministro na própria Corte.

“O STF vai dar a cabeça de Moraes na bandeja para o povo, porque foi longe demais”, concluiu, sugerindo que os demais ministros abandonarão Moraes devido aos excessos cometidos.

O ato em Copacabana reuniu apoiadores de Bolsonaro em momento crucial, enquanto o ex-presidente aguarda decisão dos ministros da Primeira Turma do STF sobre sua possível condenação por organização criminosa e outros delitos relacionados aos questionamentos sobre o processo eleitoral de 2022.