Pesquisar

“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos”, dispara deputado do PL em comissão

Gilvan Aguiar Costa - Foto: Agência Senado
Gilvan Aguiar Costa – Foto: Agência Senado

O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) gerou forte controvérsia ao expressar publicamente durante sessão da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (8/4), seu desejo de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venha a falecer.

Em declaração que rapidamente repercutiu nas redes sociais e meios de comunicação, o parlamentar capixaba não se conteve: “Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país. Quero mais que ele morra mesmo”, manifestou o deputado em tom exaltado.

A declaração ocorreu justamente quando Gilvan da Federal atua como relator de uma proposta legislativa que visa proibir o porte de armas pela equipe responsável pela proteção pessoal do atual mandatário e de seus ministros.

Na mesma reunião, a Comissão de Segurança Pública decidiu aprovar, por 15 votos favoráveis contra 8 contrários e uma abstenção, o projeto de lei que estabelece restrições ao armamento dos agentes encarregados da segurança do presidente Lula e de todo o primeiro escalão ministerial.

Após a aprovação no colegiado especializado, a matéria seguirá um trâmite que inclui análise por outras duas comissões da Casa: inicialmente pela de Administração e Serviço Público e, posteriormente, pela de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Se obtiver aval em ambas instâncias e não houver recursos contrários, será encaminhada para apreciação do Senado Federal.

A proposta tem como um de seus principais articuladores o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), atual presidente da comissão de Segurança. Durante a sessão desta terça-feira, o parlamentar paulista defendeu a iniciativa argumentando que a medida busca “condizer” com o posicionamento do atual governo, que seria “contrário às armas”.

No texto original da proposta, os autores Bilynskyj e Delegado Caveira (PL-PA) utilizam linha argumentativa similar, sustentando que: “A proibição do uso de armas de fogo pelos agentes da segurança pessoal do presidente da República e de seus ministros de estado é uma medida coerente com a visão do atual governo de promover uma cultura de paz, reduzir a violência e buscar soluções não violentas para os desafios de segurança”.