Comércio encara dificuldades de contratação e movimento fraco no Centro
O comércio de Campo Grande abriu 1.100 vagas temporárias neste fim de ano, segundo a ACICG. As contratações são comuns no período natalino, quando cresce a procura dos consumidores impulsionada pelas festas e pelo pagamento do décimo terceiro. Para muitos trabalhadores, essas vagas funcionam como porta de entrada no mercado, já que o período serve de avaliação para possíveis efetivações.
Mesmo assim, parte dos lojistas relata dificuldades para contratar. Alguns apontam baixos salários e a desmotivação dos jovens; outros afirmam que a queda no movimento do Centro desestimula ampliar equipes. Em uma loja da Rua 14 de Julho, o gerente contratou seis funcionários desde 17 de novembro, apostando no reforço do estoque e no aumento das vendas. Já outro comerciante abriu quatro vagas, mas conseguiu preencher apenas duas, o que acabou sendo adequado diante do fluxo abaixo do esperado.
Há quem tenha desistido de contratar em 2025 alegando falta de estímulos na região central. Em algumas lojas, surgiram diferenças entre contratação por diária ou por contrato mensal. Enquanto alguns buscavam pagamentos rápidos para equilibrar despesas familiares, outros aceitaram receber ao final do período. Jovens contratados relatam jornadas extensas no fim do ano e dificuldades no transporte público como fatores que afastam candidatos.
Para os empregadores, o trabalho temporário funciona como teste. Quem demonstra dedicação pode começar o ano efetivado, especialmente em setores com alta rotatividade. A legislação garante aos temporários direitos como remuneração equivalente à categoria, jornada definida, horas extras, repouso semanal, 13º proporcional, férias proporcionais quando aplicáveis, FGTS, seguro contra acidentes e proteção previdenciária.
Crédito: Midiamax.
