Deputado licenciado se aproxima do PP e já se reuniu com Ciro Nogueira em Nova York, mirando candidatura ao Senado ou até mesmo à Presidência em 2026

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem manifestado crescente descontentamento com seu atual partido e cogita seriamente uma mudança para o PP visando as eleições de 2026. A insatisfação do parlamentar, que atualmente se encontra nos Estados Unidos em um autoexílio, seria motivada pela ausência de suporte financeiro por parte da direção do PL durante sua estadia no exterior.
Pessoas de seu círculo próximo revelam que Eduardo tem se queixado abertamente da falta de assistência do partido comandado por Valdemar Costa Neto. Durante o período de licença parlamentar, o filho “03” do ex-presidente deixou de receber seus vencimentos da Câmara dos Deputados e tem sobrevivido com recursos próprios e auxílio paterno.
Segundo aliados, Jair Bolsonaro estaria destinando ao filho parte das doações que recebe via Pix de seus apoiadores, permitindo a manutenção de Eduardo em território americano.
Os indícios de aproximação com o Partido Progressistas se tornaram evidentes na última quarta-feira (14/5), quando Eduardo se encontrou em Washington com o deputado federal Maurício Neves, atual presidente do diretório paulista do PP. Este encontro aconteceu poucos dias após uma reunião estratégica com o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PP-PI), para quem Eduardo fez um deslocamento específico a Nova York no sábado (10/5), exclusivamente para um almoço.
Em conversas reservadas, Eduardo Bolsonaro não descarta a possibilidade de trocar o PL pelo PP para viabilizar uma candidatura ao Senado Federal ou, em cenário mais ambicioso, à própria Presidência da República. Contudo, o parlamentar tem enfatizado que qualquer definição sobre seu futuro político passará por um acordo direto com seu pai, Jair Bolsonaro, que permanece inelegível para o pleito de 2026, salvo reversão judicial.
Interlocutores próximos ao deputado relatam que Eduardo tem destacado que seu capital político está ancorado em “voto de opinião”. Por essa perspectiva, o filho do ex-presidente avalia que a sigla pela qual disputará as próximas eleições teria relevância secundária, uma vez que seu eleitorado o acompanharia independentemente da filiação partidária.