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Deputado Zeca do PT causa constrangimento ao chamar população de MS de nazifascista durante sessão na Assembleia

Em momento de votação sobre direitos para doentes com neurofibromatose, Zeca do PT faz comentário ideológico que gerou desconforto no plenário

Foto: ALEMS
Foto: ALEMS

Um episódio lamentável marcou a sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na manhã desta terça-feira, durante a votação de um projeto de lei que visa garantir direitos às pessoas com Síndrome de Von Recklinghausen. O deputado Zeca do PT aproveitou o silêncio do plenário para fazer uma provocação política que chocou os presentes ao sugerir que a população sul-mato-grossense sofre de “nazifascismo”.

Enquanto os parlamentares votavam favoravelmente ao Projeto de Lei nº 130/2024, que assegura aos portadores de neurofibromatose os mesmos direitos reconhecidos às pessoas com deficiência, o deputado petista dirigiu-se ao autor da proposta, Junior Mochi, com uma pergunta carregada de provocação ideológica: “O Mochi, tem um remédio igual a esse aí pra síndrome do… do povo aqui desse estado nazifascismo?”

A declaração causou visível constrangimento entre os presentes. O deputado Junior Mochi, visivelmente incomodado, respondeu de forma seca e objetiva com um simples “não”, tentando evitar que a provocação desviasse o foco da importante pauta em discussão.

A Síndrome de Von Recklinghausen, também conhecida como neurofibromatose tipo 1, é uma condição genética que afeta aproximadamente 1 em cada 3.000 pessoas no mundo, causando o crescimento de tumores ao longo dos nervos e podendo resultar em diversas complicações, desde problemas estéticos até déficits neurológicos graves.

O projeto em discussão, que recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, representa um avanço significativo para milhares de sul-mato-grossenses afetados pela condição, permitindo acesso a benefícios e políticas públicas essenciais para sua qualidade de vida.

O comentário do deputado petista não apenas desrespeitou o momento solene de votação de uma matéria de caráter humanitário, mas também ofendeu diretamente a população de Mato Grosso do Sul ao rotular cidadãos comuns como adeptos de ideologias extremistas – uma tática recorrente utilizada pela esquerda radical para demonizar regiões onde não consegue avanços eleitorais expressivos.

Esta não é a primeira vez que o deputado Zeca do PT utiliza o plenário da Assembleia Legislativa para fazer declarações controversas e polarizadoras. A estratégia de associar adversários políticos e eleitores de outras vertentes ideológicas a regimes totalitários como o nazismo tem sido marca registrada de sua atuação parlamentar, refletindo um comportamento cada vez mais comum no discurso da esquerda brasileira.

A banalização de termos como “nazifascismo” não apenas esvazia seu significado histórico, como também demonstra falta de argumentos substantivos para o debate democrático. Ao invés de contribuir construtivamente para a discussão sobre os direitos das pessoas com neurofibromatose, o parlamentar petista optou por transformar uma sessão técnica em palco para provocações políticas infundadas.

O episódio evidencia o descompasso entre a urgência de pautas sociais importantes, como a garantia de direitos para pessoas com doenças raras, e a insistência de certos parlamentares em politizar questões humanitárias, prejudicando o debate sério sobre políticas públicas que impactam diretamente a vida dos cidadãos.

Apesar do incidente, o projeto seguiu sua tramitação e foi aprovado em primeira discussão, devendo retornar ao plenário para segunda votação nas próximas sessões. Enquanto isso, portadores da Síndrome de Von Recklinghausen de Mato Grosso do Sul aguardam com expectativa que os direitos previstos na legislação se tornem realidade, independentemente das disputas políticas que possam tentar ofuscar sua importância.

Ouça o áudio: