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Deputado altera posição e solicita inclusão em projeto de anistia

Mudança de rumo no Congresso expõe pressões políticas em Brasília

Matheus Laiola Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Matheus Laiola Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O projeto de lei que propõe anistia aos brasileiros detidos após os eventos de 8 de janeiro de 2023 ganhou impulso inesperado na Câmara dos Deputados. Após o protocolo oficial da proposta, o deputado federal Matheus Laiola (União Brasil-PR) solicitou a inclusão de sua assinatura no requerimento de urgência, evidenciando o interesse crescente pela matéria, mesmo que seu pedido tenha ocorrido fora do prazo permitido pelo regimento interno da Casa.

O parlamentar não foi o único a manifestar apoio tardio. Robinson Faria (PL-RN), pai do ex-ministro Fábio Faria, também buscou incluir sua assinatura no documento após o envio formal à Mesa Diretora, reforçando o momentum político da iniciativa.

Conforme as normativas da Câmara, assinaturas não podem ser incluídas ou retiradas após o protocolo oficial do documento. Manifestações realizadas posteriormente, fora do sistema oficial, carecem de valor formal, servindo apenas como demonstração política de apoio à causa.

A proposta visa conceder anistia aos cidadãos investigados e condenados pelos acontecimentos que culminaram na ocupação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2023. O projeto encontra forte respaldo entre os parlamentares conservadores, enquanto enfrenta resistência de setores alinhados ao governo.

Para viabilizar a votação da matéria em plenário, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL, conduziu uma intensa mobilização em busca de apoios. Sua dedicação incluiu abordar colegas até mesmo no Aeroporto de Brasília, estratégia que rendeu frutos: o parlamentar anunciou ter alcançado as 257 assinaturas necessárias para dar andamento ao processo.