Decisão representa contrarresposta ao recente aumento tarifário americano e intensifica tensão entre as potências

A China intensificou nesta sexta-feira (11) a guerra comercial com os Estados Unidos ao anunciar o aumento das tarifas sobre produtos norte-americanos de 84% para 125%. A medida, que entra em vigor já neste sábado (12), representa uma resposta direta ao recente pacote tarifário implementado por Washington.
O Comitê de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado chinês emitiu comunicado oficial criticando duramente a postura comercial americana, acusando os EUA de “violar gravemente as regras do comércio internacional” e aplicar “uma política unilateral de assédio e coerção” nas relações econômicas bilaterais.
“Os Estados Unidos ignoraram a ordem econômica global que ajudaram a construir após a Segunda Guerra Mundial”, declarou o governo chinês no documento, acrescentando que o país “condena energicamente” as medidas americanas e advertindo que “sua paciência tem limites”.
Este é o mais recente capítulo de uma rápida escalada tarifária entre as duas maiores economias mundiais. Há apenas dois dias, Pequim havia aumentado as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, em retaliação à sobretaxa adicional de 50% imposta anteriormente pelos EUA sobre mercadorias chinesas.
Em resposta à primeira retaliação chinesa, Washington elevou ainda mais suas tarifas para 125%, o que, somado às taxas anteriores, resultou em uma carga tributária total de 145% sobre produtos vindos da China. A nova decisão de Pequim parece buscar equiparar o percentual tarifário aplicado pelos americanos.
Analistas econômicos advertem que esta crescente guerra comercial pode ter consequências significativas para a economia global, causando aumento de preços para consumidores tanto nos EUA quanto na China, além de potenciais distúrbios nas cadeias globais de suprimentos.