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Cassy Monteiro aciona Ministério Público contra evento sobre “crianças trans” em Campo Grande

Primeira suplente do PL questiona uso de recursos públicos e atuação da Defensoria Pública na iniciativa

Cassy Monteiro - Foto: Redes Sociais
Cassy Monteiro – Foto: Redes Sociais

A primeira suplente de vereadora pelo PL em Mato Grosso do Sul, Cassy Monteiro, anunciou que protocolará representação no Ministério Público contra evento sobre “crianças trans” realizado em Campo Grande. A atividade conta com apoio da Defensoria Pública e da Secretaria de Cidadania, gerando controvérsias sobre o uso de recursos públicos.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Cassy manifestou veemente repúdio à iniciativa, considerando-a prejudicial ao desenvolvimento infantil. A parlamentar suplente questiona a legitimidade científica e ética da proposta apresentada durante o encontro.

“Crianças trans não existem. O que existem são meninos e meninas em formação sendo levados a acreditar que nasceram em corpos errados. Forçar uma criança com disforia a passar por uma transição não é ciência, é crueldade”, declarou a representante política.

Dados científicos fundamentam questionamentos

Segundo informações apresentadas por Cassy Monteiro, pesquisas indicam que 88% dos jovens com disforia de gênero retomam naturalmente sua identidade biológica durante a adolescência. Essa estatística fundamenta os argumentos contrários às intervenções precoces em crianças.

A suplente alertou sobre potenciais consequências irreversíveis dos procedimentos de transição, incluindo infertilidade, depressão e ideação suicida. Esses riscos, segundo ela, justificam a necessidade de proteção institucional às crianças e adolescentes.

Questionamentos sobre papel da Defensoria Pública

Cassy direcionou críticas específicas à participação da Defensoria Pública no evento, questionando a compatibilidade entre suas funções institucionais e o apoio a iniciativas controversas envolvendo menores.

“Qual o sentido de um órgão que deveria proteger famílias vulneráveis financiar algo que pode destruir a vida de uma criança? Isso é violação do Estatuto da Criança e do Adolescente e um desvio de função”, destacou a parlamentar.

Representação aborda quatro pontos centrais

A representação encaminhada ao Ministério Público concentra-se em quatro aspectos fundamentais para investigação. Primeiro, o possível uso indevido de recursos públicos no financiamento da atividade questionada.

Segundo, a atuação da Defensoria Pública fora de sua finalidade institucional estabelecida. Terceiro, eventual custeio da participação de palestrante vinculada a organizações pró-infância trans.

Quarto, a compatibilidade do evento com disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente, norma que regulamenta direitos e proteções infantis.

“Essas perguntas não podem ser ignoradas. Não dá para aceitar que órgãos que deveriam proteger nossas crianças patrocinem algo que pode destruí-las. Precisamos buscar todas as medidas possíveis para que deixem nossas crianças em paz”, concluiu Cassy Monteiro.