Governador de Goiás quer pacificar país e prevê múltiplos candidatos de direita em 2026
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reafirmou sua promessa de conceder anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023 caso seja eleito presidente em 2026. A declaração foi feita durante entrevista ao portal UOL, onde o político goiano manteve postura firme sobre o tema.
“Eu sou candidato a presidente da República e repito a vocês todos: no meu primeiro dia de presidente da República, eu vou assinar a anistia de todos. Eu vou pacificar o país”, afirmou Caiado na ocasião. O governador já havia defendido essa posição anteriormente, demonstrando consistência em seu discurso político.
Em declaração à Globonews, Caiado havia sido ainda mais específico: “Chegando à Presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda. E vamos discutir o problema de crescimento e de pacificação do país”. A estratégia visa conquistar o apoio do eleitorado bolsonarista para a disputa presidencial.
Caiado integra grupo de candidatos de direita que já se comprometeram publicamente com a anistia, incluindo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Essa postura busca atrair o endosso de Bolsonaro, que permanece inelegível até 2030 por abuso de poder político.
Múltiplos candidatos de direita em 2026
Na mesma entrevista, Caiado contestou a existência de consenso para candidatura única da direita em 2026. “Essa tese de que, fora o ex-presidente [Jair Bolsonaro], pode haver uma convergência [para um candidato de direita] jamais foi dita por nós”, declarou o governador.
O político confirmou que concorrerá independentemente de outros nomes do campo conservador. “No primeiro turno, nós teremos três a quatro candidatos de centro-direita, é o que é o esperado. E, no segundo turno, teremos uma convergência entre todos nós [candidatos de direita] para caminhar com aquele que realmente chegou ao segundo turno”, explicou.
Questionado sobre eventual apoio ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Caiado foi categórico: “Não. Por um motivo muito simples: tudo que o governo federal quer é um candidato só [representando a direita]. (…) Já imaginou um candidato só contra o Lula no primeiro turno? É o sonho dele, é o presente que ele quer. Aí ele vai massacrar esse cara”.
