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Bolsonaro pode ter pena reduzida para 2 anos e 4 meses com novo cálculo da dosimetria

Paulinho da Força explica recálculo e admite que todos os condenados do 8 de janeiro seriam beneficiados

Paulinho da Força Foto: YouTube Câmara dos Deputados
Paulinho da Força Foto: YouTube Câmara dos Deputados

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade‑SP) afirmou nesta terça-feira (9) que a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro pode cair para dois anos e quatro meses caso o PL da Dosimetria seja aprovado pela Câmara. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e três meses, mas, pelas regras atuais, isso equivale a cerca de seis anos e dez meses de cumprimento real. Com o novo modelo, a pena seria recalculada por meio da multiplicação por 16 e, depois, reduzida pela remissão por trabalho e estudo. Segundo Paulinho, “a redução é geral. Vale para quem pegou pena pequena e para quem pegou pena grande”.

O parlamentar admitiu que, aplicado o novo cálculo, todos os condenados pelos eventos de 8 de janeiro já teriam cumprido tempo suficiente para deixar a prisão ou até retirar a tornozeleira eletrônica. A fala reforça o impacto direto da proposta, que atinge condenações consideradas desproporcionais pela oposição e por juristas que criticam a politização do Judiciário sob o governo atual.

Paulinho voltou a argumentar que o texto não configura anistia, insistindo na narrativa oficial: “Não tem anistia. Tem redução de pena. Quem cometer crime contra a democracia vai continuar pagando.” Ainda assim, o debate segue acirrado, especialmente porque a medida pode abrir caminho para a reabilitação política de Bolsonaro, algo que setores da esquerda tentam evitar a qualquer custo.