Com a alta da moeda americana, a indústria prevê aumento inevitável nos custos de produção
A indústria do trigo no Brasil emitiu um alerta sobre a inevitabilidade do aumento do preço da farinha, considerando o recente disparo do valor do dólar. O encarecimento da moeda americana tem impactado diretamente os custos de importação de insumos essenciais, como o trigo, cujas negociações são predominantemente feitas em dólares. A variação cambial tem pressionado o setor, que teme que o reajuste seja repassado ao consumidor final.
Com a elevação do preço do trigo, a expectativa é que o custo da farinha, um dos principais ingredientes da alimentação básica dos brasileiros, também suba consideravelmente. As indústrias do setor estão enfrentando dificuldades para equilibrar a rentabilidade sem repassar o aumento diretamente ao consumidor. O setor agrícola, que já sente os efeitos da volatilidade econômica global, ainda enfrenta o desafio de garantir que o impacto no preço da farinha não afete excessivamente as vendas, especialmente em um cenário de alta inflação.
Especialistas apontam que o atual cenário reflete um quadro de insegurança econômica global, que agrava ainda mais a situação do mercado interno. O Brasil, que depende de importações para atender à demanda interna de trigo, será um dos países mais afetados pelo cenário de alta do dólar. O aumento no preço da farinha deve, portanto, refletir diretamente no bolso dos consumidores, especialmente em um momento de retração econômica.