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Anvisa suspende venda de whey protein e óleos irregulares comercializados pela internet

Produtos das marcas Proteus e Bugroon não possuíam registro sanitário e estavam sendo vendidos em plataformas como Shopee e Mercado Livre

Foto de Aleksander Saks na Unsplash
Foto de Aleksander Saks na Unsplash

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU), a decisão que suspende a fabricação, distribuição, comercialização e divulgação do whey protein em pó da marca Proteus Whey Isolate Protein Mix, fabricado pela empresa Unlimited Alimentos e Suplementos SLU Ltda..
De acordo com o órgão, o produto era vendido livremente em plataformas digitais como Shopee e Mercado Livresem registro no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) — exigência legal para qualquer suplemento alimentar comercializado no país. Além disso, o rótulo não identificava fabricante nem importador nacional regularizado, o que representa risco à segurança do consumidor.

Na mesma portaria, a Anvisa também determinou o recolhimento de suplementos e óleos da marca Bugroon, produzidos pela empresa Bugroon Raízes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda., que não possui licenciamento sanitário para atuação no setor. Entre os produtos suspensos estão o Óleo de Copaíba, Óleo de Sucupira, Óleo de Menta Piperita e as cápsulas Neuralfocus, Calmom, Contradô e Moringa, todas comercializadas sem autorização oficial.

O comunicado ainda inclui a proibição da Soda Cáustica em Escamas Limpinha 99%, da Guaraflex Produtos de Limpeza Ltda., também sem registro como saneante junto à Anvisa. Com isso, o produto está proibido de ser fabricado, distribuído ou vendido em todo o território nacional.

A agência reforçou que o objetivo das medidas é proteger a saúde do consumidor diante do avanço de suplementos e itens “naturais” sem procedência em lojas virtuais e redes sociais.
O aumento de produtos irregulares vendidos em marketplaces tem preocupado o setor regulador, já que muitos desses suplementos prometem efeitos rápidos e milagrosos, escondendo riscos como contaminação, adulteração de fórmulas e alta toxicidade.

Em nota, a Anvisa reiterou que continuará monitorando o comércio digital de alimentos, suplementos e cosméticos, e que as empresas flagradas em irregularidade poderão ser multadas e ter o registro cassado.