Contag recebeu ao menos R$ 2 bilhões de aposentados sem autorização, diz investigação

A Advocacia-Geral da União ingressou neste sábado (20) com novas ações contra oito entidades acusadas de aplicar descontos indevidos em benefícios do INSS. Entre elas está a Contag, historicamente associada ao PT e apontada pela Polícia Federal como a principal beneficiária do esquema. Segundo a investigação, a entidade recebeu ao menos R$ 2 bilhões entre 2019 e 2024, correspondendo a 48% de todo o valor retirado ilegalmente das aposentadorias.
A Contag é investigada pela PF e pela CGU desde o início da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, mas só agora passou a integrar o alvo da AGU. Outro caso de atraso envolve o Sindinapi, sindicato que tem o irmão de Lula na direção e que só foi processado em setembro. Ambos os episódios recaem sobre a gestão do advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado por Lula para o STF. Messias ignorou um alerta técnico emitido há mais de um ano, que já detalhava irregularidades e sugeria suspender convênios devido ao “aumento explosivo” de ações judiciais.
A AGU argumentou, na época, que o documento não tinha provas suficientes, decisão que adiou medidas contra entidades ligadas ao entorno petista.
Os novos alvos incluem Sinab, FITF/CNTT/CUT, Contraf, ASTRE, SindaPB, Unidos e Sintapi-CUT. Somando todas as etapas, já foram ajuizadas 37 ações cautelares, com pedido de bloqueio de R$ 6,6 bilhões para ressarcir aposentados prejudicados.





