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Carla Zambelli renuncia ao mandato após decisão do STF e aposta em estratégia jurídica

Líder do PL afirma que renúncia foi planejada e busca preservar direitos enquanto deputada segue presa na Itália

Carla Zambelli Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Carla Zambelli Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, anunciou neste domingo (14) que Carla Zambelli renunciou ao mandato enquanto permanece detida na Itália. A decisão foi tomada após a Primeira Turma do STF formar maioria para manter a perda automática do mandato, anulando inclusive a votação da Câmara que havia rejeitado a cassação. Sóstenes classificou a postura da Corte como “decisão vergonhosa do STF, que ignorou o devido processo legal”.

Segundo o parlamentar, a renúncia não tem caráter emocional, mas segue cálculo jurídico diante do cenário que considera politizado. Ele afirmou que a medida amplia as possibilidades de defesa no exterior e evita efeitos mais severos de um julgamento conduzido “em ambiente de exceção”. “Isso não é fuga. É cálculo jurídico em um ambiente de exceção”, afirmou, reforçando que a estratégia busca preservar garantias básicas diante do que avalia como abuso de poder.

Zambelli foi condenada pelo STF em dois processos — invasão aos sistemas do CNJ e o episódio em que perseguiu um homem armada — somando mais de 15 anos de prisão. Com a renúncia, caberá a Hugo Motta oficializar a posse do suplente Adilson Barroso, que já exerceu mandato anteriormente por ser suplente de Guilherme Derrite, hoje secretário de Segurança Pública de São Paulo.