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Dívida bruta do Brasil sobe a 78,6% do PIB e encosta em R$ 9,9 trilhões

Endividamento é o maior desde 2021 e acende alerta para solvência do país

Renegociação de dívidas - Foto: Shutterstock
Renegociação de dívidas – Foto: Shutterstock

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) voltou a crescer e alcançou 78,6% do PIB em outubro, ante 78,1% em setembro, segundo dados do Banco Central. Em valores nominais, o montante passou de R$ 9,748 trilhões para R$ 9,856 trilhões, somando governo federal, estados e municípios.

Esse é o maior patamar desde outubro de 2021, quando a dívida estava em 79,52% do PIB. O pico da série ocorreu em dezembro de 2020, no auge dos gastos da pandemia, com 87,6% do PIB. No extremo oposto, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a apenas 51,5% do PIB, mostrando o quanto o país se deteriorou em pouco mais de uma década.

Pelo critério do FMI, mais abrangente, a dívida bruta brasileira saltou de 90,5% para 91,1% do PIB entre setembro e outubro. O BC só passou a divulgar esse dado neste ano, o que facilita a comparação internacional – e coloca o Brasil próximo de economias cronicamente endividadas.

A DBGG, que exclui Banco Central e estatais, é uma das principais referências usadas por agências de rating para medir a capacidade de solvência do país. Quanto maior esse indicador, maior a percepção de risco de calote e, portanto, maior o custo dos juros cobrados do Brasil.

Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) – que desconta as reservas internacionais – também renovou recorde: passou de 64,8% para 65% do PIB em outubro, chegando a R$ 8,143 trilhões, o maior valor da série histórica.