Metas anticombustíveis fósseis e contra o desmatamento ficam fora do texto final

A COP30 em Belém terminou neste sábado (22) com um claro revés para o governo Lula (PT). As duas principais bandeiras defendidas pelo petista – metas para eliminar combustíveis fósseis e um roteiro para zerar o desmatamento – não entraram no texto final da conferência, após forte resistência de países árabes, China e Índia.
Mesmo se envolvendo pessoalmente nas negociações e reunindo apoio de cerca de 20 países, como Colômbia, Reino Unido, França, Suécia e Ilhas Marshall, Lula não conseguiu romper o bloqueio das grandes potências emergentes. O documento final sequer menciona combustíveis fósseis, esvaziando o discurso do Planalto.
Após o encerramento, o presidente tentou minimizar o fracasso e disse estar “muito satisfeito com o sucesso” da COP30. Em coletiva na África do Sul, onde participa do G20, afirmou apenas que “o que conseguimos foi iniciar um debate sobre algo que todos sabem que terá de acontecer”.
Sem acordo internacional, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, anunciou que o Brasil vai elaborar, sozinho, dois “mapas do caminho”: um para a transição energética e outro para o desmatamento, mas não apresentou detalhes concretos sobre como essas propostas serão estruturadas.





