Pesquisa mostra apoio massivo a medidas mais duras contra o crime organizado, enquanto governo Lula resiste em enfrentar o tema com firmeza

Uma nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12), revelou um clamor claro da população por mais rigor no combate à criminalidade. De acordo com o levantamento, 73% dos brasileiros defendem que facções criminosas sejam classificadas como organizações terroristas, e 88% acreditam que as penas precisam ser mais severas para inibir o avanço do crime no país.
A pesquisa, realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, ouviu 2.004 pessoas e reflete o sentimento de um Brasil cansado da impunidade e da violência cotidiana — um contraste direto com o tom leniente do governo Lula, que insiste em discursos ambíguos e em políticas consideradas brandas pelos especialistas em segurança.
Entre os entrevistados, 65% apoiam o fim das visitas íntimas a presos ligados a facções, e 60% são favoráveis à PEC da Segurança Pública, proposta que busca ampliar a responsabilidade do governo federal na área, mas que enfrenta resistência dentro da própria base petista. Outro dado relevante é que 46% acreditam que endurecer as leis — com penas maiores e ação firme da Justiça — é a melhor forma de reduzir a violência, muito à frente das políticas sociais apontadas apenas por 27%.
A discussão ganhou força após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 criminosos mortos e revelou o poder bélico crescente das facções. O episódio foi amplamente aprovado pela população (67% de apoio, segundo o mesmo instituto), apesar das críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chamou a ação de “desastrosa”.
O resultado da pesquisa mostra o distanciamento entre o governo e o sentimento popular. Enquanto a maioria da sociedade pede firmeza, o Planalto prefere priorizar pautas ideológicas e discursos evasivos. Mesmo projetos como o PL Antifacção, relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), enfrentam resistência da esquerda, que evita equiparar o crime organizado ao terrorismo — algo que, para mais de sete em cada dez brasileiros, é uma simples questão de bom senso.
A opinião pública deixa claro: o brasileiro quer segurança, e não discursos complacentes com o banditismo. Cabe ao Congresso e aos governadores que entenderam o recado — como Cláudio Castro, Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado — liderarem o combate real ao crime, com coragem e sem ideologia.





