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China remove aplicativos de namoro gay e expõe hipocrisia da militância LGBT pró-esquerda

Enquanto o regime comunista persegue homossexuais, militantes no Brasil continuam idolatrando governos autoritários e ditatoriais

Foto de Li Yang na Unsplash
Foto de Li Yang na Unsplash

China determinou nesta terça-feira (11) a retirada dos aplicativos de namoro gay Blued e Finka das lojas digitais da Apple e Android em todo o país. Os dois serviços, populares entre o público LGBT chinês, foram banidos por ordem direta do regime comunista — o mesmo regime que muitos ativistas progressistas no Brasil insistem em defender, ignorando a dura repressão que ele aplica justamente contra aquilo que dizem proteger: a liberdade individual.

Oficialmente, a medida partiu da Administração do Ciberespaço da China, sob o argumento de “regulamentar a internet”. Na prática, é apenas mais um ataque do Partido Comunista Chinês à expressão sexual e religiosa, parte de uma política de uniformização moral e censura ideológica. Os aplicativos continuam funcionando apenas para quem já os havia instalado, mas novos downloads estão bloqueados, restando apenas versões em sites oficiais.

Apple, como sempre faz quando o dinheiro fala mais alto do que os valores, acatou a decisão e removeu os aplicativos de sua loja chinesa, afirmando que “segue as leis de cada país”. Ou seja, mais uma grande corporação global submetendo-se ao autoritarismo comunista, enquanto posa de progressista no Ocidente.

O curioso — e ao mesmo tempo trágico — é ver setores da militância LGBT e da esquerda brasileira exaltando regimes como os da China, Coreia do Norte e Rússia, todos comandados por ditadores declaradamente antagônicos aos direitos dos homossexuais. São países em que expressar abertamente uma orientação sexual diversa pode levar à prisão, perseguição ou até à morte — e, ainda assim, são tratados por muitos no Brasil como “modelos de resistência ao imperialismo americano”.

Enquanto os militantes denunciam “opressão” no Ocidente por questões de linguagem ou política, fecham os olhos para o fato de que os regimes que veneram realmente oprimem, censuram e silenciam qualquer forma de vida fora da ideologia oficial. Essa é a grande incoerência da esquerda moderna: defender causas de minorias apenas até o ponto em que elas não conflitam com a cartilha comunista.

No fim das contas, o banimento dos aplicativos LGBT na China é mais uma prova de que em regimes totalitários, não há espaço para diversidade, liberdade ou direitos civis de verdade — existem apenas privilégios concedidos pelo Estado, que podem ser retirados a qualquer momento.