Nova data homenageia milhões de mortos em regimes totalitários e reforça a importância de preservar valores democráticos e a liberdade

O Distrito Federal agora tem, oficialmente, o Dia da Memória das Vítimas do Comunismo, que será lembrado anualmente em 4 de junho. A instituição da data foi sancionada por meio da Lei nº 7.754/2025, de autoria do deputado distrital Thiago Manzoni (PL), publicada nesta terça-feira (21) no Diário Oficial. A escolha da data faz referência ao massacre da Praça da Paz Celestial, ocorrido em 1989, em Pequim, quando o regime comunista chinês ordenou a repressão violenta de estudantes e civis, resultando em milhares de mortes.
De acordo com o texto, o poder público poderá promover ações educativas e de reflexão sobre os impactos devastadores das ditaduras comunistas e os crimes cometidos em nome da igualdade social ao longo da história. A lei busca conscientizar especialmente as novas gerações sobre os efeitos de regimes que, sob o disfarce de justiça social, promoveram fome, perseguição política e aniquilaram liberdades fundamentais.
“Apesar de ter feito milhões de vítimas, ainda há pessoas que defendem esse regime atualmente”, afirmou o deputado Thiago Manzoni, ao justificar a importância da proposta.
O parlamentar relembrou episódios emblemáticos como o genocídio praticado pelo Khmer Vermelho no Camboja, que exterminou um quarto da população do país em apenas quatro anos, o Holodomor, fome artificial na Ucrânia sob Josef Stalin, que matou cerca de 4 milhões de pessoas, e a tragédia da China de Mao Tsé-Tung, que levou 45 milhões à morte por fome entre as décadas de 1950 e 1960.
“Debaixo do discurso de igualdade social, diversos regimes promoveram massacres e perseguições em massa. É dever da sociedade recordar esses fatos para que jamais se repitam”, ressaltou Manzoni.
Com a nova lei, o DF se soma a diversas nações que já adotam datas de recordação similares, reafirmando seu compromisso com a verdade histórica, a defesa da liberdade e a valorização da democracia diante das ameaças do populismo autoritário e das ideologias totalitárias que marcaram o século XX.