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Estudo revela que 99% das vítimas de infarto ou AVC apresentavam um dos quatro fatores de risco principais

Pesquisadores analisaram mais de 9 milhões de pessoas durante duas décadas e destacam a hipertensão como o maior vilão

Foto de Robina Weermeijer na Unsplash
Foto de Robina Weermeijer na Unsplash

Um estudo conduzido por pesquisadores da Northwestern Medicine (EUA) em parceria com a Universidade Yonsei (Coreia do Sul) revelou que 99% das pessoas que sofreram infarto, AVC ou insuficiência cardíaca apresentavam pelo menos um dos quatro fatores de risco que mais afetam a saúde cardiovascular. A pesquisa, que durou quase 20 anos e envolveu a análise de mais de 9 milhões de participantes, é considerada uma das mais abrangentes já feitas sobre o tema.

Segundo o levantamento, os principais fatores de risco são: pressão arterial elevadaníveis altos de colesterolglicemia desregulada e tabagismo — mesmo que apenas no passado. Os dados reforçam que, em praticamente todos os casos estudados, esses elementos estiveram presentes antes do surgimento dos eventos cardiovasculares, o que evidencia a importância da prevenção e dos cuidados clínicos regulares.

“Acreditamos que o estudo mostra, de forma muito convincente, que a exposição a um ou mais fatores de risco antes desses desfechos cardiovasculares é praticamente de 100%”, explicou o cardiologista Philip Greenland, professor da Northwestern e autor sênior da pesquisa.

Os pesquisadores consideram a situação preocupante quando os seguintes níveis são atingidos:

– pressão arterial igual ou superior a 120/80 mmHg;

– colesterol total a partir de 200 mg/dL;

– glicemia de jejum a partir de 100 mg/dL (ou diagnóstico de diabetes);

– uso atual ou histórico de tabaco.

Entre esses quatro pontos, a hipertensão foi o fator mais recorrente e impactante: o problema estava presente em 93% dos pacientes nos Estados Unidos e em 95% na Coreia do Sul que passaram por algum evento cardiovascular.

Os resultados reforçam a importância de manter hábitos saudáveis, realizar acompanhamentos médicos periódicos e adotar medidas preventivas desde cedo, já que as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo.