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Lula poderá nomear até seis ministros ao STF até 2030 e ampliar domínio petista na Suprema Corte

Presidente já terá feito três indicações em menos de dois anos; futuros mandatos podem consolidar maioria ideológica à esquerda

Lula e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso Foto: Fellipe Sampaio/STF
Lula e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso Foto: Fellipe Sampaio/STF

Com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, anunciada nesta quinta-feira (9), Lula fará sua terceira indicação ao Supremo Tribunal Federal em menos de dois anos de governo. Caso reeleito em 2026, o petista poderá consolidar a hegemonia ideológica do STF ao nomear até seis ministros em dois mandatos, incluindo futuras vagas com as aposentadorias de Luiz Fux (2028), Cármen Lúcia (2029) e Gilmar Mendes (2030).

Desde o começo deste mandato, Lula já indicou Cristiano Zanin e Flávio Dino, fortalecendo uma bancada afinada com os interesses do Planalto. Agora, o presidente definirá o sucessor de Barroso, ampliando o alinhamento do Tribunal com o projeto político de esquerda.

Entre os possíveis nomes para a vaga estão Jorge Messias (AGU), Bruno Dantas (TCU), Vinícius Carvalho (CGU) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Apesar disso, há pressão interna do PT para escolher uma mulher, com Gleisi Hoffmann figurando entre os favoritos dos aliados.

A saída de Barroso abre caminho para que o STF se torne ainda mais moldado aos interesses do grupo que hoje comanda o Executivo, comprometendo o equilíbrio institucional e acentuando o distanciamento entre o Tribunal e anseios conservadores da sociedade.