Cloudflare bloqueia portal por determinação da Lei Magnitsky aplicada contra Viviane Barci

As consequências internacionais dos excessos do ministro Alexandre de Moraes começam a atingir diretamente sua família. Nesta quinta-feira (25), a empresa americana Cloudflare retirou do ar o site do escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, pertencente à esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Viviane Barci, após a aplicação de sanções americanas da Lei Magnitsky.
A medida expõe como as ações controversas de Moraes repercutem além das fronteiras nacionais, alcançando agora os negócios familiares. A Cloudflare, gigante americana de segurança digital, foi obrigada a cumprir as determinações do governo dos Estados Unidos, demonstrando o alcance internacional das sanções impostas.
Regra americana atinge negócios da família
O Departamento do Tesouro dos EUA aplicou a chamada “50 Percent Rule”, que considera automaticamente bloqueada qualquer entidade onde pessoas sancionadas detenham participação majoritária. Como Viviane Barci possui controle acionário do escritório, a empresa foi atingida sem necessidade de citação nominal na lista oficial de sanções.
O caso se torna ainda mais complexo com o envolvimento do Instituto Lex, onde a esposa de Moraes detém 25% das cotas, enquanto os outros 75% pertencem aos filhos do ministro. Esta organização foi listada nominalmente pelo Tesouro americano, e as autoridades avaliam se os herdeiros também podem ser alvo de novas sanções.
Reflexos internacionais dos excessos do STF
A situação ilustra perfeitamente como as práticas autoritárias de Moraes começam a gerar constrangimentos internacionais para o Brasil. Enquanto o ministro utiliza o poder judiciário para perseguir opositores políticos internamente, sua família enfrenta as consequências no cenário global.
O episódio representa um marco na escalada de tensões entre o Brasil e democracias consolidadas, que observam com preocupação os rumos da justiça brasileira sob a gestão de Moraes. As sanções americanas sinalizam que a comunidade internacional não ficará inerte diante dos abusos cometidos em nome da democracia.