Governo comunista proíbe evangelização em redes sociais e exige alinhamento ideológico

O regime comunista chinês endureceu ainda mais o controle sobre atividades religiosas ao estabelecer novas diretrizes que restringem drasticamente a atuação do clero na internet. A regulamentação, divulgada em setembro pela Administração Nacional de Assuntos Religiosos, demonstra como regimes autoritários utilizam a tecnologia para sufocar a liberdade religiosa.
As novas regras representam um cerco digital à fé, permitindo pregações apenas em plataformas oficiais controladas pelo Estado. Redes sociais, transmissões ao vivo e grupos de mensagens ficam vetados para evangelização, evidenciando o temor do Partido Comunista diante da influência religiosa sobre a população.
Censura digital e doutrinação ideológica
O documento de 18 artigos vai além da simples regulamentação, exigindo que líderes religiosos apoiem explicitamente o Partido Comunista e promovam a “sinicização” das religiões – um eufemismo para subordinação completa à ideologia estatal. Essa imposição revela como ditaduras instrumentalizam a religião para fins políticos.
A norma proíbe categoricamente a evangelização de menores, rituais online, arrecadação de fundos pela internet e até o uso de inteligência artificial para conteúdo religioso. Qualquer vínculo com grupos estrangeiros é vedado, isolando as comunidades religiosas chinesas do mundo exterior.
Punições rigorosas e controle totalitário
As penalidades demonstram o caráter autoritário da medida: suspensão de credenciais, encerramento de contas e investigações criminais aguardam quem descumprir as diretrizes. Até plataformas digitais podem sofrer sanções governamentais, criando um ambiente de autocensura generalizada.
A revista Bitter Winter, especializada em documentar violações de direitos na China, traduziu integralmente o regulamento para expor a realidade por trás da retórica oficial. O regime chinês continua expandindo seu aparato de controle social, utilizando a tecnologia como ferramenta de opressão.
Este episódio ilustra perfeitamente como governos de esquerda, quando alcançam poder absoluto, invariavelmente atacam as liberdades fundamentais. A China comunista serve como alerta sobre os perigos do autoritarismo disfarçado de progresso social.