Ministro do STF figura ao lado de terroristas do Hezbollah e traficantes do PCC na sanção americana

O ministro Alexandre de Moraes foi incluído na lista de sancionados pela Lei Magnitsky Global, posicionando-o junto a criminosos perigosos que operam em território brasileiro. A relação elaborada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos (OFAC) reúne outras 16 pessoas com vínculos no país, majoritariamente ligadas a organizações terroristas como Hezbollah, Al Qaeda e Estado Islâmico.
Conforme dados do Gazeta do Povo, a lista também contempla indivíduos sancionados por participação no narcotráfico internacional através de facções criminosas como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital. O magistrado brasileiro, diferentemente dos demais listados, foi incluído sob alegação de violações graves aos direitos humanos e censura contra cidadãos americanos.
A inclusão de Moraes nessa relação gera comparações constrangedoras, uma vez que divide espaço com elementos vinculados ao terrorismo global e ao crime organizado. Enquanto traficantes e terroristas figuram por atividades criminosas evidentes, o ministro aparece por supostas práticas autoritárias no exercício de suas funções judiciais.
A medida representa escalada significativa nas tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, especialmente considerando que autoridades judiciais raramente são alvo desse tipo de sanção internacional. A decisão americana expõe internacionalmente práticas questionáveis do sistema judiciário brasileiro.
O fato coloca o país em situação delicada perante a comunidade internacional, evidenciando problemas estruturais na condução do Poder Judiciário nacional.
Veja lista:
1 – Ahmad Al-Khatib: cidadão egípcio e libanês sancionado por apoiar a Al Qaeda no Brasil e manter uma falsa loja de móveis em São Paulo para movimentações financeiras do grupo;
2 – Ali Muhammad Kazan: cidadão libanês e paraguaio sancionado por operar e arrecadar fundos do Hezboollah na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina;
3 – Assad Ahmad Barakat: cidadão libanês sancionado por liderar rede de captação de recursos para o Hezbollah por meio de empresas falsas, lavagem de dinheiro e extorsão;
4 – Bilal Mohsen Wehbe: cidadão libanês e brasileiro sancionado por ser o principal representante do Hezbollah na América do Sul;
5 – Ciro Daniel Amorim Ferreira: cidadão libanês brasileiro sancionado por apoiar financeiramente o terrorismo internacional e liderar o grupo no Telegram “The Terrorgram Collective”, que promove supremacia e atentados;
6 – Diego Macedo Gonçalves do Carmo: cidadão brasileiro sancionado por narcotráfico internacional e lavagem de dinheiro para o PCC;
7 – Fahd Jamil Georges: cidadão libanês e brasileiro sancionado por tráfico internacional, lavagem de dinheiro e corrupção de políticos na fronteira entre Brasil e Paraguai;
8 – Farouk Omairi: cidadão libanês e brasileiro sancionado por ligação com o Hezbollah e tráfico de drogas entre América do Sul, Europa e Oriente Médio;
9 – Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi: cidadão egípcio com CPF brasileiro sancionado por fornecer apoio material, financeiro e tecnológico à Al Qaeda;
10 – Kassem Mohamad Hijazi: cidadão brasileiro e libanês sancionado por comandar uma forte operação de lavagem de dinheiro no Paraguai
11 – Leonardo Dias Mendonça: cidadão brasileiro sancionado por intermediar a venda de cocaína das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para o Brasil junto ao traficante Fernandinho Beira-Mar;
12 – Mohamad Tarabain Chamas: cidadão brasileiro, libanês e paraguaio sancionado por ser operador do Hezbollah na Tríplice Fronteira;
13 – Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim: cidadão egípcio sancionado por apoiar financeiramente, materialmente e logisticamente a Al Qaeda e lavar dinheiro para o Comando Vermelho via empresas em São Paulo;
14 – Mohamed Sherif Mohamed Mohamed Awadd: cidadão egípcio e sírio sancionado por apoiar a Al Qaeda no Brasil e manter empresa de móveis de fachada em São Paulo;
15 – Muhammad Yusif Abdallah: cidadão libanês e paraguaio sancionado por manter vínculo com a cúpula do Hezbollah na Tríplice Fronteira e financiar o grupo via contrabando;
16 – Osama Abdelmongy Abdalla Bakr: cidadão egípcio e brasileiro sancionado por apoiar o Estado Islâmico.