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Montadoras ameaçam Lula com demissão de 15 mil trabalhadores

Empresas criticam benefícios para carros chineses que podem devastar indústria nacional

Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR

Os presidentes das quatro maiores montadoras instaladas no Brasil enviaram correspondência direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertando sobre a possibilidade de demitir até 15 mil trabalhadores caso o governo petista mantenha o plano de incentivos à importação de veículos desmontados com componentes 100% fabricados no exterior. A iniciativa, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, representa mais uma política desastrosa que prioriza interesses chineses em detrimento dos empregos brasileiros.

A medida governamental beneficia especialmente montadoras chinesas que operam no modelo SKD (Semi Knocked Down), caracterizado pela baixa geração de empregos e reduzida contratação de fornecedores nacionais. Trata-se de mais um episódio da submissão vergonhosa do governo Lula aos interesses econômicos da China, repetindo o padrão de destruição da indústria nacional que marcou gestões petistas anteriores.

Conforme documento entregue ao Palácio do Planalto, a política pode provocar corte de pelo menos R$ 60 bilhões dos R$ 180 bilhões anunciados em investimentos no setor automotivo, comprometendo gravemente a produção nacional de veículos e devastando o parque brasileiro de autopeças. Os números evidenciam a dimensão catastrófica das consequências econômicas que o governo insiste em ignorar.

Efeito dominó ameaça cadeia produtiva completa

As montadoras alertaram que o impacto transcende os limites da própria indústria automobilística. Segundo projeções do setor, a demissão de 5 mil trabalhadores diretos pode gerar perda adicional de até 50 mil empregos na cadeia de fornecedores, multiplicando exponencialmente os danos sociais da política governamental equivocada.

“Essa prática deletéria pode disseminar-se em toda a indústria, afetando diretamente a demanda de autopeças e de mão de obra”, alerta o documento enviado pelas empresas. A previsão confirma o padrão destrutivo das políticas petistas, que historicamente sacrificam empregos nacionais em favor de arranjos geopolíticos questionáveis.

As empresas reivindicaram preservação da política de valorização da produção nacional, solicitando que o governo não conceda vantagens desleais à importação de veículos montados no exterior. A correspondência, enviada em 15 de junho, permanece sem resposta do Palácio do Planalto, demonstrando o desprezo típico da administração petista pelas preocupações do setor produtivo.

Sindicatos e entidades setoriais unem-se contra política destrutiva

A gravidade da situação levou até mesmo organizações tradicionalmente alinhadas com o governo Lula a manifestarem oposição frontal à medida. Nesta segunda-feira (29), a Abipeças e o Sindipeças também se posicionaram contrariamente à redução de tarifas para veículos SKD e CKD, caracterizando a proposta como geradora de “concorrência inusitada” e “renúncia fiscal injustificada”.

“A combinação nefasta desses fatores irá, inquestionavelmente, provocar queda de produção e perda de empregos para a indústria brasileira de autopeças”, afirmaram as entidades em correspondência direcionada ao governo. A unanimidade na oposição à medida evidencia seu caráter deletério e a incompetência da equipe econômica petista.

Repetição do padrão de submissão à China

A iniciativa do governo Lula representa continuidade da política externa subserviente que caracteriza as relações do PT com o regime chinês. Enquanto países desenvolvidos adotam medidas protecionistas para defender suas indústrias nacionais, o Brasil novamente escolhe o caminho da vassalagem econômica, sacrificando empregos e investimentos nacionais.

A coordenação da medida pelo ministro Rui Costa, conhecido por suas posições ideológicas radicais, sugere que considerações políticas prevalecem sobre análises técnicas sensatas. O governo prefere agradar parceiros geopolíticos a proteger os interesses econômicos e trabalhistas brasileiros.

Destruição programada da indústria nacional

Os R$ 60 bilhões em investimentos ameaçados de corte representam recursos que poderiam modernizar a indústria automobilística brasileira, gerar milhares de empregos qualificados e fortalecer a cadeia nacional de fornecedores. Contudo, o governo Lula opta por políticas que enfraquecem sistematicamente o parque industrial nacional.

A medida revela padrão preocupante de decisões governamentais que priorizam importações em detrimento da produção nacional, contrariando discursos oficiais sobre reindustrialização e geração de empregos. Na prática, observa-se movimento coordenado de desindustrialização que compromete a competitividade brasileira a longo prazo.

Silêncio governamental expõe desprezo pelas consequências

A ausência de resposta oficial à carta das montadoras, após mais de dois meses de seu envio, demonstra o desinteresse do governo pelas preocupações legítimas do setor produtivo. Enquanto empresas alertam sobre demissões em massa e perda de investimentos, o Palácio do Planalto mantém-se inerte diante das consequências sociais de suas decisões.

Esta postura reflete prioridades distorcidas da administração petista, que dedica mais atenção a articulações políticas e ideológicas do que às necessidades concretas da economia nacional. O resultado é política econômica divorciada da realidade produtiva e insensível aos impactos sociais de suas escolhas.

A situação da indústria automobilística ilustra perfeitamente os desafios enfrentados pelo setor produtivo brasileiro sob gestão petista: políticas governamentais que sistematicamente favorecem importações sobre produção nacional, comprometendo empregos, investimentos e competitividade industrial do país.