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Malafaia detona omissão de Zema, Tarcísio, Caiado e Ratinho Jr

Pastor cobra posicionamento dos governadores contra arbítrios de Moraes e convoca mobilização nacional

Tarcísio, Zema, Caiado e Ratinho Jr Tarcísio Foto: Sidinei Lopes/Governo do Estado de SP; Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil; Foto: Pedro França/Agência Senado; Foto: Divulgação/PSD
Tarcísio, Zema, Caiado e Ratinho Jr Tarcísio Foto: Sidinei Lopes/Governo do Estado de SP; Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil; Foto: Pedro França/Agência Senado; Foto: Divulgação/PSD

O pastor Silas Malafaia expressou indignação crescente com a postura omissa de quatro importantes governadores conservadores que permanecem em silêncio diante dos sistemáticos abusos cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes contra a direita brasileira e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em vídeo contundente divulgado nesta segunda-feira (28) em suas redes sociais, o influente líder religioso direcionou críticas severas contra Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr (PSD-PR).

A manifestação de Malafaia reflete a crescente impaciência de setores conservadores com lideranças que se beneficiam eleitoralmente do discurso de direita, mas recuam quando é necessário confrontar diretamente os responsáveis pelos ataques às liberdades fundamentais. O pastor não poupou palavras ao caracterizar a conduta desses governadores como mera “bravata política”.

“Vocês já viram esses governadores alguma vez criticar Alexandre de Moraes e criticar a omissão do Supremo Tribunal Federal? Nunca! Só bravata política! Falar de Lula é mole, um governo que está indo à bancarrota, um cara incompetente e falastrão. Eu quero ver abrir a boca e botar o dedo na ferida, que é o seu Alexandre de Moraes e o STF, que está combinado com Lula e quer levar o Brasil à bancarrota”, declarou o pastor com veemência.

Cobrança por coragem institucional

A crítica de Malafaia expõe contradição fundamental no comportamento político dessas lideranças. Enquanto demonstram disposição para atacar o governo Lula – alvo mais fácil diante da evidente incompetência administrativa petista –, mostram-se cautelosos quando o assunto envolve confrontar diretamente o núcleo duro do autoritarismo judicial brasileiro.

Essa seletividade na crítica revela cálculo político que prioriza a manutenção de boas relações institucionais em detrimento da defesa corajosa dos princípios democráticos. Para Malafaia, tal postura configura omissão inaceitável diante da gravidade da situação institucional que o país atravessa.

A cobrança do pastor ganha particular relevância quando se considera que esses governadores frequentemente são cotados como possíveis alternativas presidenciais para 2026. Malafaia questiona implicitamente como podem aspirar à liderança nacional quem não demonstra coragem para enfrentar os verdadeiros obstáculos à democracia brasileira.

Convocação para mobilização popular

Reconhecendo a omissão das lideranças políticas tradicionais, Malafaia partiu para convocação direta da população brasileira para manifestações de protesto contra o governo Lula e os abusos do STF. O pastor não se limitou a críticas, apresentando proposta concreta de mobilização nacional.

“Povo brasileiro, domingo que vem, em todas as cidades brasileiras, vai para a rua! Se vista de verde e amarelo, faça um buzinaço, passeata, motociata, carreata, para a praça da cidade… E em São Paulo, a partir das 14 horas, na Avenida Paulista. Reaja, Brasil! A coisa é séria demais! Estão mentindo e omitindo de você a verdade”, conclamou o líder religioso.

A convocação demonstra reconhecimento de que mudanças significativas no cenário político brasileiro dependem mais da pressão popular organizada do que da boa vontade de políticos profissionais. Malafaia assume papel de articulador direto da resistência civil aos abusos institucionais.

Diagnóstico sobre articulação entre poderes

Uma das observações mais penetrantes de Malafaia refere-se à percepção de “combinação” entre o governo Lula e o STF para implementar projeto de poder autoritário. Esta análise vai além das críticas convencionais, identificando coordenação estratégica entre Executivo e Judiciário contra os valores conservadores.

Essa articulação explicaria tanto a passividade do governo diante dos excessos de Moraes quanto a seletividade do STF em suas investidas contra opositores políticos. Para o pastor, tal arranjo institucional representa ameaça existencial à democracia brasileira e justifica mobilização extraordinária da sociedade civil.

Urgência da resposta social organizada

A linguagem empregada por Malafaia – “a coisa é séria demais” – transmite sensação de urgência que contrasta com a aparente normalidade mantida por grande parte da classe política. O pastor identifica descompasso perigoso entre a gravidade da situação institucional e a intensidade da resposta social.

Sua convocação busca romper essa inércia através de manifestações visíveis que demonstrem à opinião pública nacional e internacional o grau de insatisfação popular com os rumos autoritários adotados pelos poderes constituídos.

A iniciativa de Malafaia representa tentativa de preencher vácuo de liderança deixado por governadores que preferem o conforto da omissão à coragem da confrontação necessária. O pastor posiciona-se como voz autêntica da indignação conservadora, disposto a assumir riscos que políticos profissionais evitam.

A mobilização convocada testará a capacidade de resposta da sociedade civil organizada diante do aparente fracasso das lideranças políticas tradicionais em defender efetivamente os valores democráticos e conservadores sob ataque sistemático.