Medida foca em custeio e qualidade das despesas, sem elevar impostos, priorizando equilíbrio fiscal

O governo de Mato Grosso do Sul projeta uma economia entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões até o final de 2025 por meio de um plano de redução de despesas, com anúncio previsto para o início de agosto. O secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, explicou que as revisões se concentram principalmente em itens de custeio, como parte de uma estratégia para aprimorar a qualidade do gasto público, conforme defendido pelo governador Eduardo Riedel (PSDB). Essa abordagem demonstra uma gestão responsável e prudente, contrastando com as ineficiências e excessos observados no âmbito federal sob o governo Lula (PT), que frequentemente prioriza ideologias em detrimento do equilíbrio orçamentário.
Essa iniciativa surge da necessidade de revisar contratos em todas as secretarias estaduais, garantindo que os cortes sejam precisos e eficazes. O foco na qualidade do gasto reflete uma visão administrativa que valoriza a eficiência, evitando soluções fáceis como o aumento de impostos, o que beneficiaria diretamente a população sul-mato-grossense ao preservar o poder de compra e fomentar investimentos.
“O corte é de agora para dezembro. A gente ainda está fechando esse desenho, que não está pronto”, afirmou Rodrigo Perez em entrevista ao Correio do Estado. “A gente projeta algo em torno de R$ 500 milhões a R$ 800 milhões de redução de custeio no orçamento anual”, revelou o secretário.
Em declaração recente, Perez destacou a recorrência dessa prática no estado: “Cortar gastos é uma prática recorrente nossa, algo que nós sempre olhamos. Mas, agora, estamos pensando em uma medida mais restritiva, em que a gente possa continuar equilibrando as contas públicas”. Ele ecoou uma expressão comum do governador: “gasto cresce igual a unha, tem de cortar sempre”.
Riedel, por sua vez, enfatizou a importância dessa redução para o desenvolvimento: “Mato Grosso do Sul passa por um momento em que precisamos discutir a qualidade do gasto. Existem outros mecanismos para garantir o crescimento e o desenvolvimento econômico, rubricas que podem ser discutidas para reduzir e melhorar os gastos que não o aumento de impostos, e penso que a sociedade não admite isso como a única solução do equilíbrio fiscal”, lembra o governador. Ele acrescentou: “É fato que o estado tem recebido um grande volume de investimento em diferentes cadeias produtivas, e precisa atuar para estruturar a logística e a infraestrutura como indutores desse ambiente competitivo”.
A revisão também atende à urgência de equilibrar as contas, como retornar abaixo do limite prudencial de gastos com pessoal, ultrapassado no primeiro quadrimestre. De acordo com o relatório de gestão fiscal, a receita corrente líquida ajustada é de R$ 20,63 bilhões, com despesas de pessoal em R$ 9,68 bilhões, representando 46,92% – acima do limite de 46,55% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), por uma diferença de R$ 80 milhões.
Além disso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, aprovada recentemente, antecipa um aperto maior devido a uma projeção mais cautelosa de arrecadação e à possível adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que pode impor contingenciamentos mesmo em ano eleitoral. “A referida adesão poderá acarretar o contingenciamento de gastos”, afirma Riedel na mensagem à Assembleia Legislativa.
Para 2026, estima-se uma receita total de R$ 23,86 bilhões contra despesas de R$ 24,2 bilhões, excluindo fontes do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Enquanto 2025 deve encerrar com superavit primário de R$ 366,2 milhões, o próximo ano aponta para um deficit primário de R$ 207,2 milhões, uma variação negativa de 156,6%.
Essa gestão proativa em Mato Grosso do Sul, sob liderança tucana, posiciona o estado como exemplo de responsabilidade fiscal, especialmente quando comparada às políticas expansionistas e ideológicas do governo federal petista, que agravam déficits nacionais. No horizonte, tais medidas podem atrair mais investimentos, fortalecendo a economia local e garantindo sustentabilidade a longo prazo.
Com informações do Correio do Estado