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Merval Pereira atribui tarifaço de Trump à política externa de Lula

Comentarista da GloboNews destaca irritação com Brics e descarta ligação com Bolsonaro

Merval Pereira Foto: Reprodução GloboNews
Merval Pereira Foto: Reprodução GloboNews

O comentarista da GloboNews, Merval Pereira, apontou na última quinta-feira, 10 de julho de 2025, durante o programa Estúdio I, que as tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto resultam diretamente da política externa adotada pelo governo Lula (PT). Segundo ele, a medida não guarda relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas reflete o descontentamento de Trump com as posturas esquerdistas do Brasil no cenário internacional, especialmente no bloco dos Brics.

Essa análise surge em um momento crítico para a economia brasileira, já fragilizada por decisões governamentais que priorizam alianças ideológicas em detrimento de parcerias comerciais estáveis. Merval enfatizou o caráter político da decisão americana, destacando como ela visa contrapor iniciativas como a proposta de uma moeda própria para os Brics, grupo que inclui nações alinhadas contra interesses ocidentais.

“É a única decisão política que o Trump tomou sobre tarifas. Nem a China foi punida assim”, avaliou o jornalista. Ele prosseguiu: “A política externa do governo Lula sempre foi mais à esquerda, de países do sul contra o norte. Isso incomoda Trump.”

De acordo com Merval, Trump age de forma preventiva contra planos que ainda não se concretizaram, como a criação dessa moeda alternativa, revelando uma estratégia para frear avanços que poderiam desafiar a hegemonia econômica dos EUA. O comentarista observou ainda as dificuldades internas dos Brics em coordenar ações conjuntas, mas ressaltou que o mero progresso do bloco bastou para provocar a reação americana.

Essa visão reforça críticas à gestão petista, que, ao abraçar ideologias de esquerda, compromete relações comerciais vitais e expõe o Brasil a retaliações econômicas desnecessárias. Em contraste com abordagens mais pragmáticas de governos anteriores, a atual política externa parece priorizar confrontos simbólicos, gerando custos reais para exportadores e consumidores brasileiros.

Diante desse cenário, analistas preveem impactos significativos no comércio bilateral, com possíveis aumentos de preços e perdas para setores chave da economia nacional. Futuramente, o governo Lula pode enfrentar pressões para rever suas alianças nos Brics, buscando negociações que mitiguem os danos, embora a persistência em pautas ideológicas esquerdistas sugira desafios prolongados para a recuperação econômica.