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Desmatamento amazônico dispara 92% e expõe fracasso da política ambiental de Lula

Dados do INPE revelam colapso do controle florestal enquanto governo petista prioriza discurso ideológico sobre resultados práticos

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O desmatamento na Amazônia disparou 92% em maio de 2025, atingindo 960 km² contra 502 km² no mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os números representam mais uma evidência do fracasso das políticas ambientais do governo Lula, que tem priorizizado o discurso ecológico internacional em detrimento de ações efetivas de proteção florestal.

O segundo aumento consecutivo no ano – abril já havia registrado alta de 55% – demonstra que a gestão petista perdeu completamente o controle sobre a preservação amazônica. Os estados mais impactados foram Mato Grosso (627 km²), Pará (145 km²) e Amazonas (142 km²), evidenciando a amplitude do problema sob a administração atual.

Incompetência governamental gera “fogo amigo”

As explicações técnicas oferecidas pelo governo não conseguem mascarar a realidade política por trás dos números alarmantes. João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, tentou justificar o salto através de um suposto novo padrão denominado “desmatamento com vegetação”, quando a floresta é incendiada antes da remoção total.

Essa explicação técnica não esconde a verdadeira causa do problema: a falta de governança e as disputas internas que caracterizam o governo petista. Marcio Astrini, do Observatório do Clima, foi direto ao apontar as divergências dentro do próprio governo como responsáveis pelos retrocessos ambientais.

“Não há apenas divergências, mas fogo amigo contra o meio ambiente. A agenda ambiental não tolera duplo comando. Está mais do que na hora de o presidente Lula dar um rumo único ao seu governo nesta área”, declarou Astrini, expondo as contradições internas da administração petista.

Contradições entre discurso e realidade

O governo Lula tem investido pesadamente em discurso ambientalista para consumo internacional, participando de conferências climáticas e fazendo promessas grandiosas sobre preservação. Entretanto, os dados concretos revelam que essa retórica não se traduz em resultados práticos na proteção da floresta amazônica.

Apesar de tentar se apoiar nos dados consolidados de 2024, que indicaram recuo de 30,6% em relação a 2023, a tendência atual mostra deterioração acelerada da situação. Os picos mensais consecutivos sinalizam que as políticas implementadas são inadequadas para enfrentar os desafios reais da preservação florestal.

Estrutura de fiscalização comprometida

A escalada do desmatamento evidencia que os órgãos de controle ambiental não estão funcionando adequadamente sob a gestão petista. O sistema Deter, ferramenta de detecção em tempo real do INPE, continua identificando as áreas de devastação, mas faltam ações efetivas para coibir essas práticas.

O problema não é falta de tecnologia ou informação, mas sim ausência de vontade política e competência administrativa para implementar medidas eficazes de proteção. O governo prefere culpar terceiros e criar desculpas técnicas a assumir a responsabilidade pelos resultados negativos.

Pantanal como exemplo de sucesso

Ironicamente, os dados mostram que é possível obter resultados positivos quando há gestão adequada. O Pantanal registrou queda de 65% no desmatamento em maio, com redução de 74% no acumulado de dez meses. Essa diferença expõe que o problema amazônico não é inevitável, mas resultado de má gestão governamental.

O contraste entre os resultados do Pantanal e da Amazônia demonstra que as políticas ambientais podem funcionar quando aplicadas corretamente, tornando ainda mais evidente o fracasso específico na maior floresta tropical do mundo.

Credibilidade internacional em risco

O disparate do desmatamento amazônico sob o governo Lula compromete gravemente a credibilidade brasileira nas discussões climáticas internacionais. Como o país pode liderar iniciativas globais de preservação quando não consegue controlar a destruição em seu próprio território?

A inconsistência entre o discurso ambientalista do governo e os resultados práticos prejudica a posição brasileira em negociações internacionais e pode afetar investimentos e parcerias relacionadas à sustentabilidade.