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Retaliação chinesa: tarifas sobre produtos dos EUA sobem de 34% para 84%

Xi Jinping Foto: EFE/EPA/MARK R. CRISTINO
Xi Jinping Foto: EFE/EPA/MARK R. CRISTINO

A China anunciou nesta quarta-feira (9), conforme horário brasileiro, por meio do Ministério das Finanças, uma nova determinação da Comissão Tarifária do Conselho de Estado que aumenta as tarifas sobre importações americanas de 34% para 84%, fundamentando-se nos “princípios fundamentais do direito internacional”. A implementação desta medida está prevista para quinta-feira (10).

O comunicado chinês solicita que os Estados Unidos “corrijam imediatamente suas práticas equivocadas, cancelem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e solucionem adequadamente as divergências através de diálogo igualitário, baseado em respeito mútuo”.

De acordo com as autoridades chinesas, o aumento das tarifas adicionais pelos americanos representa “um erro seguido de outro” e viola gravemente os direitos e interesses legítimos do país asiático, além de comprometer o sistema comercial multilateral e afetar “seriamente” a estabilidade econômica global.

Em resposta às represálias de Pequim, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu elevar em mais 50% as tarifas sobre produtos chineses, totalizando 104%, medida que entrou em vigor hoje. Durante a semana, o mandatário americano já havia advertido que implementaria nova cobrança caso a China não retirasse suas tarifas recíprocas de 34%.

Na sexta-feira (4), a China havia implementado contramedidas às tarifas anunciadas por Trump na semana anterior, que inicialmente aumentaram os impostos sobre produtos chineses para pelo menos 54%. Entre as medidas de retaliação chinesa estavam: tarifas de 34% sobre importações americanas, sanções contra empresas dos EUA, restrições à exportação de terras raras, suspensão de importações de frango e sorgo de determinadas empresas americanas, além da abertura de investigações antitruste e antidumping contra produtos e empresas dos Estados Unidos.