A revogação ocorre após reações negativas e acusações de “falta de ação” por parte dos apoiadores do governo

O governo Lula enfrentou críticas e apoio misto ao decidir revogar a norma que aumentava o monitoramento de transações financeiras, incluindo o uso do Pix. A medida, que gerou um debate acalorado, foi retirada após o aumento das pressões, tanto da oposição quanto de apoiadores, que acusaram o governo de fraqueza política. A Receita Federal, liderada por Robinson Barreirinhas, comunicou que a revogação foi uma forma de evitar a judicialização e combater informações falsas, que haviam alimentado o pânico entre a população.
A revogação gerou um cenário de frustração entre seus apoiadores, muitos dos quais sentiram que a decisão comprometeu a credibilidade do governo, especialmente em um ano eleitoral como 2026. A medida foi vista como uma resposta a uma série de fake news que circulavam sobre uma possível taxação do Pix, o que não fazia parte da proposta inicial. Em contrapartida, o governo promete um novo formato de regulação para o sistema, mantendo o compromisso com o sigilo bancário e a gratuidade do serviço.
No entanto, a forma como a situação foi gerida revelou um crescente desconforto no seio do governo, que busca conciliar as exigências de fiscalização com o respeito aos direitos dos cidadãos. A expectativa é que, com a revisão da medida e o lançamento de uma nova proposta, o governo consiga restabelecer o controle sobre o debate e evitar maiores desgastes políticos.