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Aumento de R$ 106 no salário mínimo: um presente que mal cobre a inflação

Limitação no reajuste impactará ganhos reais dos trabalhadores

Lula Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve sancionar nos próximos dias o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, com vigência a partir de janeiro de 2025. O aumento de R$ 106, ou 7,5%, em relação ao atual valor de R$ 1.412, representa um ganho acima da inflação acumulada, garantindo poder de compra adicional aos trabalhadores brasileiros.

Entretanto, o pacote fiscal aprovado recentemente pelo Congresso Nacional impõe um teto para o aumento real do salário mínimo, limitando-o a 2,5% acima da inflação. Sem essa restrição, o salário poderia atingir R$ 1.528, resultando em uma diferença de R$ 10 mensais para trabalhadores, aposentados e pensionistas. Essa medida visa equilibrar as contas públicas, mas gera impacto direto na renda da população.

A nova metodologia de cálculo considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, limitado a 2,5%. Embora a medida permita uma economia estimada de R$ 4 bilhões em 2025, ela afeta beneficiários de programas sociais e previdenciários que dependem do salário mínimo como base para seus rendimentos.