O cacique Tsererê Xavante foi detido nesta sexta-feira (22) ao tentar cruzar a fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Porto Xavier (RS). O líder indígena, conhecido por sua oposição ao governo de Lula, estava sob mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção ocorreu enquanto ele tentava atravessar o rio Uruguai em uma embarcação.
Tsererê tornou-se um símbolo de resistência contra o governo federal e vinha sendo perseguido por sua posição contrária às políticas indigenistas adotadas pela gestão petista. O líder indígena havia ganhado notoriedade nacional por suas participações em manifestações que questionaram a legitimidade do atual governo. Autoridades alegam que sua prisão está relacionada ao descumprimento de medidas judiciais anteriores.
A prisão do cacique Tsererê reacende o debate sobre o uso da máquina pública para reprimir opositores. Enquanto aliados do governo petista celebram a detenção, críticos veem o episódio como mais um exemplo de abuso de poder, em que o aparato estatal é utilizado para silenciar vozes contrárias. A ação gerou forte repercussão entre lideranças conservadoras, que denunciaram o episódio como perseguição política.
